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Soldados invadem sede do governo da Bolívia e presidente fala em golpe

Luis Arce fala em 'mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército', enquanto circulam nas redes vídeos de soldados marchando nas ruas

Por Da Redação
Atualizado em 26 jun 2024, 18h50 - Publicado em 26 jun 2024, 16h50

Membros das Forças Armadas da Bolívia tomaram a Praça Murillo, onde fica a sede do governo, em La Paz, nesta quarta-feira, 26, e um veículo blindado avançou pela entrada do Palácio Presidencial, seguido por soldados comandados por um general destituído na terça-feira, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou nas redes sociais um possível golpe militar no país, assim que as primeiras tropas e tanques chegaram à sede do governo.

“Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”, disse ele em sua conta no X, antigo Twitter.

Em discurso à TV local, o general Juan José Zúñiga, destituído do cargo de chefe do Exército na terça-feira, disse que “os três chefes das Forças Armadas vieram expressar a nossa consternação. Haverá um novo gabinete de ministros, certamente as coisas vão mudar, mas o nosso país não pode continuar assim”.

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Segundo ele, a “mobilização de todas as unidades militares” busca expressar descontentamento “com a situação do país”, alertando que não permitiria uma possível nova candidatura do ex-presidente Evo Morales em 2025.

“Uma elite tomou conta do país, vândalos que destruíram o país”, disse Zúñiga na Plaza Murillo, em frente ao Palácio do Governo. “As Forças Armadas pretendem reestruturar a democracia para que seja uma verdadeira democracia, não de donos que já estão no poder há 30 e 40 anos”.

Os militares montaram barricadas para impedir que as pessoas chegassem à Praça Murillo em resposta ao apelo presidencial. Ao mesmo tempo, lançaram gás contra a população que se manifestava contra eles.

Zúñiga teria chegado à sede do governo num tanque e armado, informam os jornais bolivianos. Nas redes sociais, circulam vídeos de soldados e da Polícia Militar marchando pelas ruas da capital.

Segundo o jornal espanhol El País, o presidente Arce não está no local, e sim na Casa Grande del Pueblo, um prédio próximo, junto a outros membros do gabinete.

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O ex-presidente boliviano Evo Morales foi enfático e garantiu que “um golpe de Estado está se formando”.

“Neste momento, pessoas das Forças Armadas e tanques estão posicionados na Plaza Murillo. Convocaram uma reunião de emergência no Estado-Maior do Exército, em Miraflores, às 15h, em uniformes de combate. Convocamos os movimentos sociais do campo e da cidade para que defendam a democracia”, declarou Morales, também no X.

“Apelamos por uma mobilização nacional para defender a democracia contra o golpe de Estado que está ocorrendo sob o general Zuñiga. Declaramos greve geral por tempo indeterminado e bloqueio de estradas. Não permitiremos que as Forças Armadas violem a democracia e intimidem o povo”, acrescentou o ex-presidente.

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Pouco após a movimentação iniciar, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou os acontecimentos por meio de uma postagem no X.

“O Exército deve submeter-se ao poder civil legitimamente eleito. Enviamos nossa solidariedade ao presidente da Bolivia, Luis Arce Catacora, ao seu governo e a todo o povo boliviano. A comunidade internacional, a OEA e a secretaria-geral não tolerarão qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar.”

Enquanto isso, o chefe da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que seu gabinete “condena da forma mais contundente os acontecimentos na Bolívia”.

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