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Premiê húngaro viaja aos EUA de olho em azeitar (e sediar) nova cúpula Trump-Putin

Viktor Orbán também busca isenção das sanções americanas ao petróleo russo, enquanto enfrenta desafios internos antes das eleições

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 nov 2025, 10h19 - Publicado em 7 nov 2025, 10h12

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, deve visitar a Casa Branca nesta sexta-feira, 7, para um encontro com Donald Trump. Na agenda, o tema principal deve ser uma segunda edição da cúpula entre o presidente dos Estados Unidos e seu homólogo russo, Vladimir Putin, que o líder húngaro deseja sediar em seu país. Segundo seus assessores, a visita pode ajudar a pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Orbán, que propôs sediar o encontro Trump-Putin em Budapeste, também busca uma isenção das sanções americanas contra nações que compram petróleo russo. Será um teste importante para aferir a renovada dureza da postura de Washington em relação ao Kremlin, após o presidente americano acusar o colega russo de protelar as negociações para encerrar o conflito no Leste Europeu.

Sua prioridade, porém, parece ser convencer Trump a viajar à Hungria, com ou sem Putin. O premiê húngaro enfrenta um desafio interno sem precedentes de um novo líder da oposição e o país terá eleições parlamentares em abril de 2026; seus assessores acreditam que uma visita do chefe da Casa Branca antes do pleito reforçaria o papel de estadista de Orbán e energizaria sua base conservadora. A campanha do seu partido radical, o Fidesz, se baseia em parte na influência internacional do líder húngaro, o que ajuda a desviar a atenção das falhas na governança interna.

Internacional de direita

Criticado internamente na União Europeia pela manutenção de relações com Putin após a invasão à Ucrânia, Orbán tem cultivado laços com Trump desde seu primeiro mandato, enquanto encabeça a articulação de uma rede internacional de extrema direita da América do Sul à Europa. Ele adotou o uso de bonés com o slogan “Mega” (Make Europe Great Again), em aceno ao bordão trumpista. O presidente americano e seu círculo há muito elogiam o líder húngaro, descrevendo-a como um modelo a ser seguido, uma “Disneylândia conservadora”.

Em coletiva de imprensa em Budapeste na quarta-feira 5, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, descreveu a presidência de Trump como a “era de ouro” das relações com os Estados Unidos, enfatizando: “Em vez de hostilidade, a Hungria agora é vista como uma amiga em Washington.”

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+ ‘Rússia venceu guerra na Ucrânia’, dispara o húngaro Viktor Órban

Gergely Gulyás, chefe de gabinete de Orbán, declarou em coletiva de imprensa que o encontro desta sexta-feira seria uma “oportunidade para os dois chefes de Estado definirem o roteiro que poderia levar a uma reunião EUA-Rússia e, por meio dela, a um acordo de paz russo-ucraniano”.

Uma cúpula anterior entre Putin e Trump, sediada no Alasca, falhou em produzir avanços em direção à paz, uma vez que Moscou não abriu mão de suas exigências para o fim da guerra, a postura mais intransigente que nunca. Ainda assim, Orbán deve levantar a questão novamente, na tentativa de colocar o presidente americano numa posição que ele próprio deseja: a de pacificador-mor de conflitos internacionais mundo afora.

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Analistas avaliam que Budapeste estaria afrontando outras nações europeias caso sediasse uma reunião com Putin.

Postura dos EUA

Nas últimas semanas, Trump aumentou a pressão sobre o Kremlin ao impor contra as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, bem como punições econômicas contra aqueles, como a Índia, que compram petróleo do país — importante motor de sua economia de guerra. Seu desejo expresso é que, em especial, todas as nações europeias deixem de depender do complexo energético da Rússia.

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Nações como a Hungria e Eslováquia, que também continuam comprando combustível russo, ainda não foram afetadas. Gulyas, o chefe de gabinete de Orbán, afirmou na semana passada que o objetivo da Hungria era “obter uma isenção das sanções americanas para que as compras de gás e petróleo bruto russos pudessem continuar de forma estável”.

A reunião com o premiê húngaro nesta sexta servirá de termômetro do quão longe o governo americano está disposto a ir para aumentar a pressão sobre a Rússia.

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