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Possível sucessor do Hezbollah foi morto em ataque a Beirute há três semanas, diz Israel

Hashem Safieddine estava entre os cotados para assumir o posto de Sayyed Hassan Nasrallah, morto num bombardeio em Beirute no final de setembro

Por Da Redação
Atualizado em 22 out 2024, 18h47 - Publicado em 22 out 2024, 18h15

As Forças de Defesa da Israel (FDI) confirmaram nesta terça-feira, 22, a morte de Hashem Safieddine, possível sucessor no comando da milícia libanesa Hezbollah, num ataque à capital do Líbano, Beirute, há três semanas. A informação ainda não foi reconhecida pelo grupo radical. Safieddine estava entre os cotados para assumir o posto de Sayyed Hassan Nasrallah, morto num bombardeio em Beirute no final de setembro.

A morte de Nasrallah foi confirmada pela milícia libanesa em 27 de setembro, um dia após Israel ter anunciado um ataque à “sede central” do Hezbollah em Beirute, capital do Líbano. O episódio foi definido pelo grupo como um “traiçoeiro ataque aéreo sionista nos subúrbios do sul”. Na mesma semana, Israel também matou o chefe da forças áreas do Hezbollah, Muhammad Hossein Sarur.

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Safieddine era primo materno de Nasrallah. Eles estudaram juntos no Irã na década de 1980 e mantinham as mesmas convicções políticas, entre elas a crítica assídua a Israel e o apoio ao fortalecimento dos laços com Teerã. O militante de 60 anos serviu como chefe do conselho executivo do Hezbollah e era casado com a filha de Qasem Soleimani, general da Guarda Revolucionária do Irã, que foi morto num ataque dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, capital do Iraque, em 2020. A cadeira do comando da organização libanesa segue, portanto, vazia.

Após as explosões dos walkie-talkies e dos pagers no Líbano, Safieddine afirmou que a milícia “não recuará até o fim”. Trata-se do pior conflito entre Israel e o Hezbollah desde uma sangrenta guerra de três meses em 2006. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando o Hezbollah iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino. Ao menos 1.470 pessoas foram mortas em explosões israelenses.

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