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Por que o ‘Domo de Ferro’ de Israel não conteve mísseis do Hamas?

Grande quantidade de foguetes lançados e impervisibilidade nos ataques teriam contribuído para que bateria antiaérea falhasse

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 out 2023, 17h12 - Publicado em 9 out 2023, 15h27

No último sábado, 7, moradores e militares de Israel foram surpreendidos por um intenso ataque de mísseis realizado pelo grupo terrorista Hamas, direto da Faixa de Gaza. O número de foguetes varia entre as versões palestinas – que alega ter disparado ao menos cinco mil – e israelenses – que estimam cerca de dois mil deles. Apesar da variação na contagem, se delineia uma suspeita: o Domo de Ferro, bateria antiaérea de Israel, fracassou em conter a agressão sem precedentes.

A grande quantidade de mísseis e a imprevisibilidade do ataque estão entre os motivos apontados por especialistas para explicar porque diversos artefatos conseguiram barrar o escudo. Até o momento, autoridades de Tel Aviv têm desviado de repórteres que questionam os motivos do imponente escudo não ter sido capaz de conter a ofensiva do Hamas.O porta-voz militar, tenente-coronel Richard Hecht, afirmou à CNN americana que Israel estava focada em proteger sua população e que deixaria para depois as investigações “sobre o que aconteceu em termos de inteligência”.

Em contrapartida, o ex-negociador do Departamento de Estado para questões do Médio Oriente, Aaron David Miller, informou à emissora que não acreditava que os “israelenses previram isso”. O coro foi engrossado pelo antigo porta-voz internacional das Forças de Defesa de Israel (FDI), Jonathan Conricus, que definiu o episódio como “um momento do tipo Pearl Harbor” para a história do país. “Todo o sistema falhou. Não é apenas um componente. É toda a arquitetura de defesa que evidentemente falhou em fornecer a defesa necessária aos civis israelenses”, disse.

Introduzido em março de 2011, o sistema opera de maneira terrestre lançando projéteis que anulam os efeitos letais dos foguetes, em um raio de 64 quilômetros. Seu funcionamento é baseado na inteligência de ferramentas de monitoramento, como radares, responsáveis por estabelecer a trajetória dos artefatos.

Os computadores do centro de controle analisam se os dispositivos atingirão áreas civis. Em caso de resposta positiva, um míssil interceptador é lançado da base, enquanto seu radar interno recebe atualizações da inteligência israelense para que a resposta seja certeira. Os artefatos invasores são explodidos no ar, antes de atingir regiões povoadas.

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+ O que provocou a guerra entre Israel e o Hamas? Entenda

O sistema foi inicialmente desenvolvido pela empresa israelense Rafael, mas tem sido amplamente apoiado pelos Estados Unidos. Até novembro de 2020, o governo americano forneceu 1,6 bilhão de dólares em baterias ao Domo. No mesmo mês do ano seguinte, um novo pacote, de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,15 bilhões na cotação atual), foi aprovado pela Câmara dos EUA, apesar do apelo de parte dos democratas sobre as violações de direitos humanos contra palestinos.

O Ministério da Defesa de Israel afirma que o sistema é capaz de bloquear 90% dos ataques de adversários. Segundo o Pentágono, a cúpula também teria capacidade de barrar mísseis que transitam abaixo da velocidade do som, como os chineses CJ-20.

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+ Câmara dos EUA aprova US$ 1 bilhão para sistema israelense Domo de Ferro

A rajada de foguetes levou ao toque de sirenes em múltiplas cidades israelenses, incluindo Jerusalém, considerada sagrada, e a capital Tel-Aviv. Além da destruição de prédios e veículos, agentes armados do Hamas invadiram o território ao sul do país em diferentes frentes, em um conjunto de avanços por terra, ar e mar.

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