Por que novos modelos do Apple Watch podem não ser vendidos nos EUA
Medida da Comissão de Comércio Internacional entrou em vigor na terça-feira e gigante da tecnologia já acionou Justiça americana

Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não intervir para manter a importação dos novos modelos do Apple Watch, entrou em vigor na segunda-feira, 25, uma medida da Comissão de Comércio Internacional que proíbe a venda do relógio inteligente no país. Nesta quarta-feira, a Apple conseguiu uma vitória nos tribunais para contornar a decisão, mas a história ainda deve continuar.
Em outubro, a comissão concluiu que a Apple violou a patente do oxímetro de pulso da empresa médica Masimo e instou o governo Biden a decidir se anularia ou não a ação até o dia 25 de dezembro. Mas a Casa Branca nada fez, fazendo com que a gigante da tecnologia ficasse por dois dias proibida de comercializar o Apple Watch Series 9 e o Apple Watch Ultra 2, e todos superiores ou iguais à linha Series 6.
A Apple entrou com recurso de emergência na última terça-feira para que o e o Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos Estados, que atendeu nesta quarta-feira e suspendeu a proibição, ao menos até o momento em que a Alfândega e Proteção de Fronteiras do país delibere sobre o caso.
“A Apple discorda veementemente da ordem e está buscando uma série de opções legais e técnicas para garantir que o Apple Watch esteja disponível aos clientes”, disse a empresa em comunicado. A Apple também se comprometeu a “tomar todas as medidas” para trazer o Apple Watch de volta aos clientes dos EUA em breve.
Outra solução possível é que a empresa fundada por Steve Jobs faça ajustes no software, talvez mudando a forma como o relógio interage com o oxímetro de pulso para que se diferencie da Masimo. A alteração, contudo, pode levar tempo e não existe nenhuma indicação da Comissão de Comércio Internacional de que eles a aceitariam.
A tecnologia que teria sido violada pela Apple desde 2020, a partir da linha Apple Watch Series 6, utiliza luz solar para ler os níveis de oxigênio no sangue. A Masimo, fabricante de produtos médicos, é detentora da patente, e reclamou seus direitos sobre ela.
As empresas trocam acusações há tempos. Em outubro de 2022, a Apple abriu dois processos por violação de patente contra a Masimo.