Por que Monica Lewinsky virou rosto de grande marca de roupas nos EUA
Ativista e escritora foi centro de escândalo sexual com ex-presidente americano Bill Clinton
A ativista e escritora Monica Lewinsky, envolvida em escândalo sexual com o ex-presidente americano Bill Clinton, atraiu os holofotes após tornar-se o novo rosto da Reformation, marca de roupas com compromisso sustentável, em parceria com a Vote.org. A peça publicitária foi divulgada nesta segunda-feira, 26, como parte da campanha “Você tem o poder”, que procura incentivar o registro para as eleições americanas, previstas para novembro.
“Há muito tempo que Monica vem capacitando as mulheres a usarem suas vozes e se sentirem poderosas. Então faz sentido que ela nos ajude a fazer o mesmo. E embora roupas bonitas não resolvam tudo, vesti-las e ir às urnas é um bom lugar para começar”, explicou a marca no site. “Apresentando silhuetas fortes, alfaiataria de bom gosto e nossas fibras sustentáveis exclusivas, nossa nova coleção está aqui para lembrá-lo de que você tem o poder.”
No anúncio da colaboração, Lewinsky defendeu a importância de escolher o próximo líder a comandar a Casa Branca, e disse que “votar é sempre importante, mas os riscos são especialmente elevados este ano, com a frustração e a apatia dos eleitores ameaçando ter um impacto significativo na participação”. Para facilitar o processo, a Vote.org oferecerá um guia completo para que os eleitores saibam sobre como, quando e por que votar é relevante.
Além do repasse de 100% dos lucros provenientes do moletom “You’ve Got the Power”, a campanha inclui uma doação da Reformation à organização sem fins lucrativos com fins eleitorais. A ativista também procura empoderar mulheres como um todo, como sugeriu no comunicado da marca: “uma mulher Ref [de Reformation] é uma mulher empoderada – e uma mulher empoderada usa a sua voz.”
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Caso com Clinton
O relacionamento extraconjugal com o ex-presidente, na época com 49 anos, teve início quando Lewinsky, 22, era estagiária da Casa Branca, na década de 1990. A história foi confirmada após Linda Tripp, amiga de Monica, gravar suas confidências a partir de 1997. Ela também convenceu a estagiária a manter um vestido azul manchado pelo sêmen de Clinton. No ano seguinte, Tripp entregou as fitas ao então procurador Kenneth Starr, que já investigava o democrata há quatro anos.
Em 2004, Clinton publicou a autobiografia My Life, no qual admitiu publicamente o caso e disse que, além de lamentar sobre a sua conduta, estava arrependido de “ter enganado a todos” – quando a imprensa noticiou o escândalo sexual, ele alegou que não teve “relações sexuais com essa mulher”.
Ela manteve silêncio por quase uma década, até lançar a campanha contra bullying “Stand Up to Yourself” em 2014 – ela se definiu como “paciente zero” do assédio online em entrevista no ano seguinte. Em 2021, produziu a aclamada série Impeachment: American Crime Story, que recriou os fatos a partir de suas próprias vivências, revelando danos causados pelo escrutínio da opinião pública.