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Por que apenas 6 mulheres podem vestir branco diante do Papa em encontros oficiais?

Trata-se de um código de vestimenta católico reservado para mulheres da realeza: o 'privilégio do branco'

Por Paula Freitas SEGUIR SEGUINDO 19 Maio 2025, 12h26

A Rainha Letizia da Espanha e o Rei Felipe VI da Espanha rezam durante a Missa de Posse do Papa Leão XIV na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano. 18/05/2025 (Massimo Valicchia/NurPhoto/Getty Images)

Um curioso detalhe da cerimônia de entronização do papa Leão XIV neste domingo, 18, chamou atenção nas redes sociais. Entre os mais de 150 líderes internacionais, seis mulheres usavam um vestido branco, em contraste com outras de trajes preto. Trata-se de um código de vestimenta católico reservado para mulheres da realeza: o “privilégio do branco”, concessão dada às católicas, que podem vestir-se do tom claro, na contramão das outras monarcas e princesas, que são obrigadas a usar roupas negras em demonstração de respeito e recato.

Entre as donas da regalia estão Letizia de Espanha, Sofia (rainha emérita da monarquia espanhola), Charlene do Mônaco, Mathilde e Paola da Bélgica (emérita), além da grã-duquesa Maria Teresa do Luxemburgo. Apesar do privilégio, elas devem seguir a modéstia, sem decotes e com mangas compridas, e usar uma mantilha da mesma cor na cabeça em cerimônias formais. Em encontros casuais, não precisam seguir as regras com tanto rigor.

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As casas de moda, no entanto, variam. Letizia optou pela espanhola Redondo, com sapatos baixos por sofrer de neuroma de Morton, uma condição que gera desconforto nos pés. Charlene, por sua vez, foi vestida pela estilista Elie Saab. Mathilde da Bélgica usou Dior, escolhendo um blazer para compor a vestimenta.

A princesa Victoria da Suécia, a rainha Camilla do Reino Unido e a rainha Máxima dos Países Baixos, por exemplo, não detêm a concessão e devem vestir preto. Nascida em Buenos Aires, na Argentina, Máxima é católica de berço, mas faz parte de uma monarquia protestante. Por isso, não tem o direito de usar o traje branco. Embora não façam parte de famílias reais, esposas de governantes também precisam manter o pudor. A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, e Usha Vance, esposa do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, estavam com roupas discretas enquanto acompanhavam os maridos no evento.