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Polícia abusou de força em morte de mulher negra nos EUA

Registro das cenas da câmera corporal mostra falta de preparo dos envolvidos na ação

Por Valéria França SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 2 set 2023, 20h20 - Publicado em 2 set 2023, 20h07

Cena do vídeo de mulher negra assassinada por pliciais nos EUA — Reprodução de cena do vídeo da câmera corporal (Reprodução/Divulgação)

Até este fim de semana, havia dúvidas sobre a circunstâncias na morte Ta’Kiya Young, de 21 anos, que ocorreu no estacionamento de um supermercado na região metropolitana de Columbus, em Ohio, nos EUA. A jovem negra estava grávida, quando foi baleada por um policial, dentro do carro, na última quinta-feira (24). Imagens da câmera corporal do autor dos disparos, divulgadas nesta sexta-feira (1º), comprovam abuso de autoridade e despreparo na ação. O material foi compartilhado diversas vezes nas redes sociais, causando grande comoção.

https://twitter.com/AmiriKing/status/1697945281621324118?t=LPm0eCd6XZOJRB8LehUw3g&s=08

Ta’Kiya estava dentro do carro, quando foi abordada por dois policiais. Eles haviam sido comunicados pelo rádio que a jovem havia roubado duas garrafas de bebida. Um deles bateu no vidro do carro da jovem e deu ordem para que ela saísse do veículo. Ta’Kiya não saiu, nem abriu os vidros filmados de seu automóvel preto. Talvez tenha até se assustado, pois contrariando a ordem da autoridade, movimentou o carro devagar. Não saiu em disparada, tanto que o policial ainda, com o carro em movimento, tenta abrir o trinco da porta, sem sucesso. Logo depois, o policial disparou contra o para-brisa.

As imagens comprovam que de fato houve despreparo e abuso de autoridade. A Leading the Fight to End Racial Inequality (NAACP), uma das principais organização de defesa dos direitos civil nos EUA, pediu a demissão do policial. Já a família da vítima, em comunicado, disse que a morte dela “não foi apenas inevitável, mas também um grave abuso de poder e autoridade”. As forças policias americanas mataram no ano passado 1176 pessoas, o ano mais mortal desde que os especialistas começaram a medir a violência.