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Plano de Trump de anexar Canadá é ‘real’ e tem relação com recursos naturais, diz Trudeau

Declaração foi feita durante reunião, a portas fechadas, do primeiro-ministro com executivos de empresas, líderes industriais e sindicais em Toronto

Por Redação
7 fev 2025, 18h00

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse nesta sexta-feira, 7, que a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar o país vizinho é “real” e está relacionada aos recursos naturais canadenses. A declaração foi feita durante reunião, a portas fechadas, do premiê com executivos de empresas, líderes industriais e sindicais em Toronto. Por engano, o microfone de Trudeau ficou aberto após a imprensa ter sido retirada da sessão, de acordo com o jornal canadense Toronto Star.

“Sugiro que o governo Trump não só sabe quantos minerais essenciais temos, mas pode ser por isso que eles continuam falando sobre nos absorver e nos tornar o 51º estado”, disse Trudeau, em resposta a uma pergunta feita pelo público da cúpula, segundo o veículo. “Eles estão muito cientes de nossos recursos, do que temos, e querem muito poder se beneficiar deles.”

“Mas o Sr. Trump tem em mente que uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é absorvendo nosso país. E isso é algo real”, acrescentou ele.

O primeiro-ministro citou “conversas” com o líder americano antes do som ser cortado. Ainda no ano passado, em jantar com Trudeau (a quem chamou de “governador”), o republicano propôs que o país se tornasse o 51º estado americano. Já em entrevista coletiva em janeiro, Trump defendeu que a tomada do Canadá terminaria com a “linha artificialmente desenhada” da fronteira, o que “seria muito melhor para a Segurança Nacional”, e sugeriu que o melhor jeito de driblar suas tarifas seria tornar-se parte dos Estados Unidos.

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Futuro comercial do Canadá

A declaração do premiê ocorre em meio a uma guerra comercial, ainda que congelada, entre EUA e Canadá. Na semana passada, Trump determinou que taxas de 25% sobre a maioria das importações de Canadá e México, além de 10% sobre produtos energéticos canadenses, entrassem em vigor à meia-noite desta terça-feira. O tarifaço foi adiado por 30 dias após negociações, que incluíam o compromisso canadense de aumentar a fiscalização na fronteira para conter drogas e crimes, anunciou Trudeau nesta segunda-feira.

Enquanto a imprensa ainda estava dentro da reunião, o primeiro-ministro canadense reconheceu que nem todos eram admiradores de sua gestão, mas agradeceu por terem comparecido ao encontro, que busca planejar os próximos passos estratégicos do país, e acolheu as sugestões. Sob aplausos, ele destacou a necessidade de eliminar as barreiras comerciais entre as províncias, acrescentando: “Já era hora de termos um verdadeiro livre comércio no Canadá.”

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