Pesquisa: Só 15% dos israelenses querem Netanyahu como premiê após guerra
Centrista Benny Gantz, rival político do premiê, tem apoio de 23% dos entrevistados, enquanto cerca de 30% disseram não ter um futuro líder de preferência
Apenas 15% dos israelenses querem que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continue no cargo após o fim do conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada nesta terça-feira, 2.
Rival político do premiê e atual parceiro no gabinete especial para a guerra, o centrista Benny Gantz tem apoio de 23% dos entrevistados, enquanto cerca de 30% disseram não ter um futuro líder de preferência. Uma pesquisa anterior do mesmo instituto, o Israel Democracy Institute (IDI), indicou ainda que 69% dos israelenses acreditam que eleições deveriam ser feitas logo ao fim da guerra.
Apesar do número baixo, 56% dos entrevistados pelo IDI afirmam que continuar a ofensiva militar é o melhor caminho para resgatar os reféns tomados pelo Hamas, enquanto 24% acreditam que um acordo de troca de prisioneiros funcionaria melhor.
+ Acusado de genocídio, Netanyahu chama guerra em Gaza de ‘justa e moral’
A campanha promovida israelense pós os ataques de 7 de outubro, que deixaram mais de 1.200 mortos, é classificada por Netanyahu como necessária para garantir que os 129 reféns que ainda estão em Gaza voltem seguros para casa. Mais de 22.000 palestinos morreram no conflito, de acordo com autoridades de Gaza, e a maior parte da população foi deslocada. Israel diz ter matado cerca de 8.000 combatentes.
Netanyahu também justificou a guerra como “justa e moral” após ter sido acusado de cometer “atos de genocídio” pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, o órgão judicial mais importante da Organização das Nações Unidas.
A Corte Internacional de Justiça havia anunciado na sexta-feira, 29, que a África do Sul tinha entrado com um pedido para julgar Israel por envolvimento em “atos de genocídio contra o povo palestino em Gaza”. Na queixa de 84 páginas divulgada pela CIJ, com sede em Haia, Pretória, a capital da África do Sul, afirma que “os atos e omissões de Israel são de carácter genocida, pois são acompanhados pela necessária intenção específica de destruir os palestinianos de Gaza como parte do grupo nacional, racial mais amplo e étnica dos palestinos.