Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Pesquisa mostra com o que os argentinos têm mais preconceito

Quesitos como gênero e etnia aparecem muito baixo no ranking, e principal discriminação surpreende

Por Da Redação
Atualizado em 27 jun 2024, 19h16 - Publicado em 26 jun 2024, 12h45

O Observatório de Psicologia Social Aplicada (OPSA) da Universidade de Buenos Aires realizou uma pesquisa neste mês de junho para descobrir os preconceitos que prevalecem na Argentina. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 26, revelou que a discriminação contra ideologias ou crenças políticas é a mais recorrente no país. 

A pesquisa, realizada entre 19 e 22 de junho em Buenos Aires e outras cinco regiões do país, apontou que 45,2% dos argentinos se sentem discriminados por suas ideologias ou crenças políticas. Em segundo lugar, com uma porcentagem bem menor, 18,8% dos argentinos afirmaram que se sentem segregados por causa da idade. 

Em terceiro e quatro lugares, com 14,4% e 12,4%, respectivamente, estão a condição física ou mental e o gênero. Por fim, a pesquisa aponta que 5,7% se sentem discriminados por causa da religião, 1,8% pela cor da pele, 1,1% pela orientação sexual e 0,6% pela etnia. 

“Estes resultados reproduzem diretamente os obtidos no nosso estudo anterior, de 2020, apesar dos atores e partidos políticos envolvidos serem diferentes”, afirmam os autores da pesquisa da OPSA, Joaquín Ungaretti e Edgardo Etchezahar. “Isso indica que décadas de extrema polarização política não foram inofensivas para as relações entre os cidadãos argentinos. Pelo contrário, isso tornou-se o eixo central sobre o qual gira o problema da discriminação na Argentina”, acrescentam eles.

Onde a discriminação acontece

A principal área onde os argentinos relataram ter sido vítimas de preconceito foi a internet e as redes sociais, com 23,7% das respostas. Depois vieram espaços públicos (21,1%), local de trabalho (16,5%), ambiente familiar (14,3%), ambiente educativo (12,3%) e convívio com amigos (12,1%).

Continua após a publicidade

“Se relacionarmos estes resultados com os motivos da discriminação, podemos dizer que atualmente as redes sociais constituem um espaço virtual onde as polarizações políticas são potencializadas e a descarga emocional é transmitida”, apontam os autores da pesquisa.

Visão dos argentinos

Quando questionados sobre como descreveriam o restante dos argentinos, a maioria dos entrevistados elencou características negativas. Entre as que lideraram o número de respostas, estão: autoritários, preconceituosos, discriminatórios, agressivos, egoístas, sexistas e haters

Na contramão, a maioria dos argentinos se considera acima da média quando o quesito é empatia, tolerância, generosidade, respeito, humildade e feminismo.

A pesquisa também questionou os argentinos em relação ao funcionamento do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI), que foi fechado pelo presidente argentino, Javier Milei, em fevereiro. Ao todo, 52,6% se disseram a favor do fechamento. Ao mesmo tempo, porém, 60,9% dos entrevistados defenderam que o Estado destine recursos financeiros para as vítimas de discriminação. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.