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Pentágono entra em ação contra ex-chefe das Forças Armadas, desafeto de Trump

General Mark Milley, que chamou presidente dos EUA de 'fascista', ganhou indulto preventivo de Biden, mas perde segurança e pode ter patente rebaixada

Por Redação 29 jan 2025, 12h36

O Pentágono afirmou na terça-feira 28 que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, removeu a equipe de segurança, acesso privilegiado e ordenou uma investigação sobre o histórico do general Mark Milley, ex-chefe do Estado-Maior Conjunto americano. Desafeto do presidente Donald Trump, ele ocupou o posto durante o primeiro mandato do republicano e foi uma das principais vozes de dentro do governo a criticar o ex-chefe, chamando-o de “fascista”.

Em um comunicado, o porta-voz da Defesa, John Ullyot, disse que Hegseth determinou que a investigação verifique “se é apropriado” rebaixar a patente de general após a aposentadoria de Milley. Mollie Halpern, porta-voz do inspetor-geral interino do Departamento de Defesa, afirmou que a solicitação foi recebida e está sob análise.

Recém-empossado, Hegseth tem sido um crítico ferrenho do general.

Perdão preventivo

Em meio a ameaças contínuas de Trump, que prometeu se vingar de inimigos ao retornar ao cargo, Milley recebeu um perdão preventivo do então presidente Joe Biden horas antes de deixar o cargo.

Como o general foi perdoado, não pode ser levado à corte marcial, mas ainda pode ter sua patente rebaixada. Além disso, ele perdeu a proteção extra que o governo americano havia concedido por estar sob ameaça do Irã, após um ataque de drones dos Estados Unidos matar o poderoso general iraniano Qassim Suleimani em 2020. Outros ex-funcionários do primeiro governo Trump na mesma condição também perderam a equipe de segurança.

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Críticas a Trump

O general se aposentou em 2023. Na cerimônia que marcou a ocasião, enfatizou que os militares fazem juramento à Constituição, e não a “um rei, ou uma rainha”, nem um “aspirante a ditador”. Além disso, segundo trecho do livro “Guerra”, do jornalista Bob Woodward, conhecido por desmascarar o escândalo de Watergate, Milley qualificou Trump abertamente como “um fascista até a medula”.

Há uma semana, oficiais sêniores do Pentágono tentaram apresentar o ex-chefe do Estado Maior Conjunto como um operador político insubordinado. “Minar a cadeia de comando é corrosivo para nossa segurança nacional e restaurar a responsabilidade é uma prioridade para o Departamento de Defesa sob a liderança do presidente Trump”, disse Joe Kasper, chefe de gabinete de Hegseth, em comunicado.

A origem da rusga, porém, foi quando Milley se arrependeu de ter estado ao lado do republicano para uma sessão de fotos em 2020, depois que autoridades usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra manifestações pacíficos na onda de protestos que surgiu no país após a morte de George Floyd, um homem negro, nas mãos de um policial.

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“Eu não deveria ter estado lá”, afirmou mais tarde. “Minha presença naquele momento e naquele ambiente criou uma percepção de que os militares estavam envolvidos na política interna.”

Poucos dias antes da cerimônia de aposentadoria do general, Trump, que na época ainda planejava a sua volta ao poder, sugeriu que Milley havia cometido traição e deveria ser condenado à morte. Em sua primeira semana de volta à Casa Branca, o presidente mandou retirar o retrato do general do corredor do Pentágono.

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