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Partidos na Áustria acertam coalizão sem extrema direita, vencedora nas eleições

Anúncio foi vitória para os principais atores políticos do país, depois que negociações envolvendo o ultraconservador Partido da Liberdade fracassaram

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 fev 2025, 13h51

Os três principais partidos políticos da Áustria anunciaram nesta quinta-feira, 27, que chegaram a um acordo para formar um novo governo que exclui a extrema direita. O entendimento encerra cinco meses de negociações atribuladas após a eleição, no outono passado, que o ultraconservador Partido da Liberdade venceu, mas não deu maioria absoluta a nenhuma legenda no parlamento.

A coalizão deve anunciar o novo gabinete nesta sexta-feira, mas o chanceler provavelmente será Christian Stocker, o chefe do Partido do Povo, o maior parceiro da coalizão.

O novo governo incluirá partidos de esquerda e centro-direita, mas não o Partido da Liberdade. Fundado por ex-soldados nazistas na década de 1950, a legenda baseou a campanha em promessas de deportar imigrantes e proibir formas políticas do islamismo, na esperança de tornar-se o exemplo mais recente da de siglas de extrema direita a tomar o poder na Europa.

Negociações complexas

Inicialmente, os partidos tradicionais se recusaram a negociar com o Partido da Liberdade e tentaram formar um governo sem ele, mas a tentativa havia fracassado no mês passado. Assim, o mais conservador deles, o Partido Popular, abriu conversas com a extrema direita sobre uma aliança que tornaria Herbert Kickl, o líder declarado do movimento ultraconservador, chanceler. Mas essas negociações também fracassaram.

Nesta quinta-feira, o Partido Popular, os Social-democratas Austríacos e o partido liberal NEOS finalmente chegaram a um acordo para formar uma coalizão. O grupo apresentou um plano de 200 páginas para governar o país pelos próximos quatro anos.

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Embora o foco principal da estratégia seja o orçamento público e a economia do país, ela também aborda uma reforma migratória e propõe a proibição do uso do véu islâmico para meninas, em um aceno ao Partido da Liberdade.

A extrema direita ganhou popularidade desde o outono passado e agora está com quase 35% de apoio nas últimas pesquisas. Se a coalizão dos partidos tradicionais fracassasse e novas eleições fossem convocadas, a Áustria provavelmente acabaria sendo governada por Kickl.

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