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Partido de extrema-direita na Alemanha racha sobre expulsão de neo-nazista

Ex-líder do Alternativa para Alemanha em Brandenburgo, Andreas Kalbitz omitiu de dirigentes seu passado em grupo hitlerista banido no país

Por Da Redação
Atualizado em 18 Maio 2020, 19h28 - Publicado em 18 Maio 2020, 18h39

Lideranças do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) trocaram ataques ao longo do final de semana sobre a expulsão do então líder da legenda no estado de Brandenburgo, Andreas Kalbitz, considerado neo-nazista. A AfD, que conta com 89 parlamentares, é a maior oposição à chanceler alemã, Angela Merkel, no Budestag, como é conhecido o parlamento alemão. Rachado, deveerá perder força.

Kalbitz foi expulso da AfD na sexta-feira 15 após a direção do partido descobrir que ele havia omitido ter participado do “Jovens Alemães Leais à Pátria”, um grupo que, em 2009, foi classificado como neo-nazista e banido pelo governo alemão. A expulsão foi decidida pela direção federal do partido alemão por sete votos a favor, cinco contra e uma abstenção.

“Somos um partido conservador tradicional. Precisamos nos distanciar claramente das posições de extrema-direita”, disse o eurodeputado Jörg Meuthen, co-líder da AfD federal junto ao deputado Alexander Gauland, à emissora de televisão alemã ARD.

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Também em entrevista à ARD, Kalbitz chamou a sua expulsão do partido de “um erro político” e ainda jurou que “se a decisão foi motivada pela esperança de [a AfD] ser aceita pelos partidos estabelecidos e por nossos rivais políticos, ele fracassará”

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Kalbitz, que foi acusado pela embaixada alemã em Atenas de ter participado de uma manifestação de extrema-direita na capital grega em 2007, era um dos principais líderes da Flügel, ala extremista da AfD.

A Flügel, composta por algo em torno de 7.000 dos 35.000 afiliados à AfD, votou pela sua própria dissolução em março após ter sido classificada pelo serviço de inteligência alemão como uma organização extremista.

Björn Höcke, ex-líder da Flügel, afirmou que a expulsão de Kalbitz foi um “ato político” em prol de Meuthen e uma “traição”. Hocke, que atualmente é líder da AfD no estado da Turíngia, concluiu: “eu não permitirei a divisão e destruição do nosso partido”.

(Com Reuters)

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