Partido de extrema-direita italiano suspende candidato por elogio a Hitler
Partido diz que ele foi suspenso com efeito imediado e será levado ao conselho supervisor do partido para qualquer ação posterior
O partido de extrema-direita da Itália, Irmãos da Itália, suspendeu um candidato nesta terça-feira, 20, após descobrir que ele elogiou Adolf Hitler e descreveu a líder do grupo e favorita na corrida eleitoral, Giorgia Meloni, como uma “fascista moderna”.
Calogero Pisano, que é coordenador do partido na província siciliana de Agrigento, escreveu no Facebook em 2014 que o líder nazista era “um grande estadista”.
Il camerata #CalogeroPisano rimanga fuori dalla #Camera
Mario Calì, Presidente Nazionale del #PSDI: "Inammissibile che un ammiratore di Adolf Hitler possa entrare in Parlamento. @FratellidItalia ha un gravissimo problema con la propria classe dirigente".https://t.co/1AMgGtxLeK pic.twitter.com/zz1OFYYLLt
— PSDI (@PSDI_IT) September 20, 2022
A publicação, que provocou a ira da comunidade judaica no país, veio à tona em uma reportagem do jornal La Repubblica dias antes das eleições gerais nacionais, em 25 de setembro. Em outra postagem, Pisano elogia e diz apoiar o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O Irmãos da Itália, partido descendente do grupo neofascista Movimento Social Italiano, lidera uma coalizão que deve obter uma vitória confortável nas eleições do próximo domingo, 25, abrindo caminho para que Meloni se torne a nova primeira-ministra italiana.
A política vem tentando se desvencilhar do fascismo e chegou a dizer em agosto que o movimento havia sigo “entregue à história décadas atrás”. No entanto, ela recusou o pedido para retirar do logo do partido as chamas que fazem referência ao Movimento Social Italiano.
Poucas horas após as postagens de Pisano dominarem o noticiário italiano, a legenda divulgou um comunicado dizendo que ele havia sido suspenso com “efeito imediato”.
“A partir deste momento, Pisano não representa mais o nosso partido em nenhum nível e está proibido de usar o símbolo [da sigla]”, disse o comunicado, acrescentando que ele será “referido ao conselho supervisor do partido” para qualquer ação posterior.
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Em resposta, o político disse que escreveu coisas “profundamente erradas” e que excluiu a sua conta do Facebook por vergonha.
“Não sei como o La Repubblica teve acesso a essas postagens, mas condeno inequivocamente essas expressões e peço desculpas a quem se ofendeu com elas”, afirmou.