Parlamento chinês confirma Li Keqiang como premiê
Após Xi Jinping ser confirmado presidente, nomeação de Li completa ciclo de renovação da cúpula do poder na potência comunista para a próxima década
O Congresso do Povo, o Parlamento da China, nomeou nesta sexta-feira Li Keqiang como o novo primeiro-ministro do país em substituição a Wen Jiabao, após uma votação meramente formal. Com sua indicação ao cargo já prevista pela liturgia do Partido Comunista, ele recebeu o voto de 2.940 dos 2.949 deputados que participaram da escolha. A nomeação de Li completa o ciclo de renovação da cúpula do poder na potência comunista para os próximos dez anos e ocorre um dia depois do Legislativo chinês confirmar o secretário-geral do PC, Xi Jinping, como o novo presidente, cargo que recebe de Hu Jintao.
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No começo da sessão, Xi apresentou formalmente a candidatura de Li Keqiang, que já tinha o cargo garantido desde novembro, quando o então vice-primeiro-ministro foi nomeado o número dois do Partido Comunista chinês. A apresentação de Li perante o público acontecerá no domingo, dia da entrevista coletiva anual que tradicionalmente é oferecida pelos primeiros-ministros chineses após o encerramento da reunião anual do Congresso do Povo.
Na sessão desta sexta-feira no Palácio do Povo, em Pequim, os parlamentares chineses aprovaram também a nomeação de Zhou Qiang, secretário-geral do PC na província de Hunan, como o novo presidente do Supremo Tribunal da China. Zhou, de 52 anos, é o terceiro secretário-geral provincial mais jovem do país e é considerado um dos políticos com maior projeção no gigante asiático.
Com uma sólida carreira tanto no âmbito administrativo como no Direito, sua nomeação parece responder ao interesse das autoridades do Partido Comunista em reforçar as instâncias judiciais, especialmente após a crise provocada no ano passado pelo caso Bo Xilai. Em suas primeiras votações desta sexta-feira, o Congresso do Povo, que começou sua reunião anual há dez dias, também nomeou os generais Fan Changlong e Xu Qiliang como vice-presidentes da Comissão Militar Central.
(Com agência EFE)