Para Coreia do Norte, ONU declarará guerra com sanções
Por meio de jornal, governo norte-coreano ameaça responder com ataques
A Coreia do Norte advertiu nesta sexta-feira que um endurecimento das sanções da ONU ao país após o terceiro teste nuclear equivaleria a uma “declaração de guerra”. O governo de Kim Jong-un aproveitou a declaração para reiterar a ameaça de responder com ataques.
“As sanções contra a RPDC Coreia do Norte são exatamente uma ação de guerra e uma declaração de guerra”, afirmou o Rodong Sinmun, jornal do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, em informação divulgada pela agência de notícias estatal KCNA.
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O jornal considerou o teste nuclear realizado na terça-feira pelo regime de Kim Jong-un “o exercício do legítimo direito à defesa própria de um estado soberano” e qualificou como “um grave movimento provocador” as chamadas da Coreia do Sul para endurecer as sanções que a ONU já impõe ao país.
“Se o Conselho de Segurança da ONU endurecer persistentemente as sanções ao acatar as políticas dos EUA, só provocará um impiedoso ataque de vingança da Coreia do Norte”, afirmou o jornal, na retórica bélica que empregam habitualmente os meios de imprensa deste militarizado país.
Advertências – As ameaças, similares às realizadas – embora não cumpridas – em outras ocasiões pelo regime norte-coreano, acontecem depois da advertência da quinta-feira, também através do Rodong Sinmun, de que a Coreia do Norte está “totalmente preparada” tanto para as sanções como para a guerra. Além disso, Pyongyang ameaçou fazer represálias contra os Estados Unidos e seus aliados se o Conselho de Segurança, sob a pressão exercida por estes em reação ao teste de bomba atômica, tentarem impor novas medidas de castigo.
A Coreia do Norte realizou na terça-feira na base de Punggye-ri, no nordeste do país, seu novo teste nuclear, o terceiro após os realizados em 2006 e 2009, o que fez com que fosse condenado por parte da ONU e da comunidade internacional. Tanto os EUA como a Coreia do Sul fizeram chamadas ao Conselho de Segurança da ONU para que tome o mais rápido possível novas medidas contra o regime de Kim Jong-un.
(Com agência EFE)