Paquistão: número de mortos em terremoto sobe para 515
Rebeldes disparam foguetes contra helicópteros que transportam ajuda
O número de mortes causadas pelo terremoto que atingiu o sudoeste do Paquistão na terça-feira subiu para 515, segundo o último balanço das autoridades do Baluquistão, a província mais castigada pelo tremor. O número de feridos passa de 700.
As autoridades locais também denunciaram que rebeldes locais da etnia baluque, que lutam por mais autonomia da região, estão dificultando os trabalhos de resgate ao realizarem disparos contra helicópteros que transportam funcionários enviados à região. Segundo o governo local, um dos helicópteros que transportava um general que comanda as operações de resgate quase foi atingido por dois foguetes na quinta-feira.
“Há uma situação de lei e ordem e outros obstáculos, mas apesar de tudo iremos chegar até a última pessoa”, disse o general Nasir Janjua, que comanda as operações de resgate.
Segundo o Observatório Geológico dos Estados Unidos, a magnitude do terremoto foi de 7,7 na escala Richter (que vai até dez). O epicentro se deu em uma área a cerca de 200 quilômetros da cidade de Dalbandin, na província do Baluquistão,
O tremor, que ocorreu por volta de 8h30 no horário de Brasília, foi sentido na capital da Índia, Nova Déli, que fica a 1 250 quilômetros de distância. Outro tremor secundário, de magnitude 5,9, foi sentido minutos depois na mesma região, de acordo com o Observatório Geológico.
Apenas no vilarejo de Labash, perto da cidade de Awaran, mais de 1 500 casas desabaram por causa do tremor.
Ilha – A força dos tremores foi tanta que provocou o aparecimento de uma pequena ilha no litoral do Paquistão, próximo a cidade de Gwadar. Fotos mostram uma formação rochosa com até 20 metros de altura e 200 metros de diâmetro que brotou do mar.
Em janeiro de 2011, a mesma região foi atingida por um terremoto de 7,2 na escala Richter. O tremor chegou a ser sentido em boa parte do Paquistão e destruiu cerca de duzentas casas, mas nenhuma vítima foi registrada.
(Com agência Reuters)