Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Papa Francisco anuncia cortes nos salários de clérigos e cardeais

Medida busca impedir demissões de cargos mais baixos; capital da Igreja Romana vem sofrendo inúmeros déficits causados pela pandemia

Por Da Redação Atualizado em 24 mar 2021, 14h24 - Publicado em 24 mar 2021, 14h09

O papa Francisco ordenou nesta quarta-feira, 24, um corte de 10% nos salários dos cardeais e a redução dos proventos da maioria de outros clérigos do Vaticano. A medida visa salvar o emprego de vários funcionários devido à pandemia do novo coronavírus.

O Vaticano informou que o decreto emitido introduz cortes proporcionais que terão início no dia 1º de abril. O porta-voz disse ainda que os funcionários mais leigos não serão afetados pelos cortes. Segundo um prelado sênior da Santa Sé, esta é a primeira vez em que um papa toma uma atitude como essa.

Francisco, 84 anos, que é de origem familiar trabalhadora, insistiu que não deseja ter que demitir ninguém nesse período, mesmo enquanto o Vaticano continua cortando gastos.

Acredita-se que os cardeais que trabalham na cidade-estado e vivem nos arredores ganham um salário que varia entre 4 e 5 mil euros mensais, e que muitos deles vivem em apartamentos grandes e luxuosos com valores bem abaixo do mercado.

Já a maioria dos padres e freiras que trabalham nos departamentos da Santa Sé vivem em comunidades religiosas em Roma, como seminários, conventos, paróquias, universidades e escolas. Além disso, eles têm um custo de vida muito menor do que o de outros funcionários leigos – como policiais, porteiros, bombeiros, zeladores e afins – que vivem em Roma e, em sua maioria, têm famílias. São esses os trabalhadores que o papa tem tanto interesse em proteger, já que a grande maioria não está registrada no decreto papal.

Continua após a publicidade

Além dos cardeais, outros clérigos terão seus salários reduzidos de 3% a 8%. Aumentos salariais para todos os níveis – exceto os três mais inferiores – estão suspensos até março de 2023.

A principal autoridade econômica do Vaticano afirmou recentemente que a cidade-estado possivelmente usará 40 milhões de euros da reserva pelo segundo ano consecutivo, enquanto a pandemia continua queimando as finanças. É esperado um déficit de 50 milhões de euros neste ano.

A Basílica de São Pedro e os museus do Vaticano, locais que receberam 6 milhões de visitantes em 2019, continuam total ou parcialmente fechadas por conta da Covid-19. Era esperado que eles pudessem reabrir neste mês, porém um novo lockdown na Itália atrapalhou os planos.

A capital da Igreja Romana tem um orçamento separado do restante dos funcionários espalhados por Roma, embora as receitas sejam frequentemente transferidas para auxiliar em eventuais déficits. A sua principal receita advém de doações, gestões imobiliárias e investimentos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.