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Palestina espera reconstruir relação com os EUA com Biden no governo

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, parabenizou o democrata; quadros da OLP são céticos a mudanças radicais na política americana na região

Por Da Redação
Atualizado em 9 nov 2020, 11h55 - Publicado em 9 nov 2020, 11h52

Com a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) espera poder retomar as relações diplomáticas com os Estados Unidos, interrompidas após uma séria de políticas do presidente, Donald Trump, que culminaram no reconhecimento da soberania israelense em territórios ocupados e na transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, parabezinou Biden e sua vice, a senadora Kamala Harris, e disse querer trabalhar com com a nova administração para chegar “à paz, à estabilidade e à segurança de todos” no Oriente Médio e no mundo.

Apesar da OLP estudar a possibilidade de voltar a conversar com os Estados Unidos, autoridades palestinas se mantém céticas sobre o quanto uma administração Biden mudaria sua política na região.

“Das coisas que ouvimos sobre Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, acredito que eles serão mais balanceados e menos submissos ao primeiro-ministro (de Israel) Benjamin Netanyahu – portanto, que irá prejudicar menos o povo palestino do que Trump prejudicou”, disse o representante especial de Abbas, Nabil Shaath.

Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP, disse que o primeiro passo era “se livrar de Trump e a ameaça que ele representa”. “As coisas não funcionam automaticamente. Uma lista de interesses e posições será determinada, e há necessidade de mudança em muitos assuntos”, disse.

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Até mesmo quadros do Hamas pediram que Biden realizasse uma “histórica correção das políticas americanas injustas contra o nosso povo e que minou a estabilidade na região e no mundo”, segundo a emissora Al Jazeera.

A liderança palestina cortou seus laços com a Casa Branca depois que Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e mudou sua embaixada para a cidade. A decisão, que foi seguida somente pela Guatemala à época, vai contra o consenso internacional sobre a cidade e a solução de dois Estados.

Israel foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. E Jerusalém, sagrada para os judeus, muçulmanos e cristãos, se tornou um território internacional, que tanto os israelenses quanto os palestinos reivindicam como capital legitima de seu território.

Um dos grandes anúncios do governo Trump foi o Plano de Paz, criado pelos Estados Unidos e por Israel, mas que não teve participação palestina. A Casa Branca também reconheceu a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, um território ocupado após a Guerra dos Seis Dias. Trump também costurou acordos entre Tel Aviv e países islâmicos que até então não tinham relações diplomáticas com o país hebreu, como os Emirados Árabes Unidos.

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