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Países ricos investem US$ 331 bi a menos do que devem em ação climática no Sul Global

Relatório da ONU aponta que o atual financiamento global de US$ 28 bilhões é insuficiente para nações mais vulneráveis enfrentarem aquecimento global

Por Redação Atualizado em 7 nov 2024, 17h18 - Publicado em 7 nov 2024, 15h05

Países ricos destinaram 28 bilhões de dólares para apoiar a adaptação de nações em desenvolvimento às mudanças climáticas em 2022 — um aumento recorde de 6 bilhões de reais em relação ao ano anterior. No entanto, esse valor ainda está muito aquém dos 359 bilhões de dólares que seriam necessários anualmente, segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado nesta quinta-feira, 7.

Esses fundos são fundamentais para iniciativas de adaptação, como a construção de infraestruturas resistentes a desastres naturais, defesas contra inundações e o reforço de cidades contra ondas de calor extremo. As nações mais afetadas pelas mudanças climáticas enfrentam eventos cada vez mais potentes e frequentes, como enchentes em Bangladesh e secas prolongadas no Brasil, que agravam a situação social e econômica.

O relatório vem às vésperas da COP29, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro, onde acontecerá a próxima rodada de negociações climáticas em um ano marcado por fenômenos extremos. O evento deve pressionar os países desenvolvidos a aumentar o montante de recursos destinados a apoiar os países mais afetados pelo aquecimento global.

Em um comunicado, Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma, destacou a urgência da situação. “Sem ação, essa é uma prévia do que o futuro reserva. Simplesmente não há desculpa para o mundo não levar a adaptação (climática) a sério agora”, disse.

Embora 171 países tenham elaborado planos ou estratégias de adaptação, a natureza desses documentos é desigual. Além disso, muitas nações, especialmente as mais vulneráveis ou afetadas por conflitos, ainda carecem de políticas claras para lidar com os impactos climáticos. O relatório também aponta que, além do financiamento, os países em desenvolvimento precisam de assistência técnica e orientação para garantir que os recursos sejam usados de maneira eficaz e direcionada.

Um relatório distinto da ONU, publicado no mês passado, alertou que o mundo está na trajetória de ultrapassar a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, de limitar até 2050 o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Em vez disso, a previsão aponta para um aumento de temperatura entre 2,6°C e 3,1°C até aquele ano.

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