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Otan está em conflito direto com Rússia na Ucrânia, diz Kremlin

Declaração ocorre após chefe da aliança militar ocidental, Jens Stoltenberg, sugerir que armas ocidentais possam ser usadas para atingir território russo

Por Da Redação
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h20 - Publicado em 27 Maio 2024, 14h00

O Kremlin condenou nesta segunda-feira, 27, a sugestão do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, de que armas ocidentais sejam usadas por soldados ucranianos para atingir o território da Rússia. Em entrevista à revista britânica The Economist, Stoltenberg disse na última sexta-feira, 24, que “chegou a hora de os aliados considerarem tirar algumas das restrições que impuseram ao uso de armas que doaram à Ucrânia“.

“A Otan está aumentando o grau de escalada, flertando com retórica militar e caindo em êxtase militar”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao diário russo Izvestia. “Eles não estão se aproximando (do conflito), eles estão nele.”

Embora as relações do Ocidente com a Rússia estejam cortadas desde a eclosão do conflito, em fevereiro de 2022, as declarações de Stoltenberg tocam em pontos nervosos para o Kremlin. À Economist, o chefe da Otan frisou a importância de reforçar a ajuda à Ucrânia à medida que os soldados russos avançam contra Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana.

“Negar à Ucrânia a possibilidade de usar armas contra alvos militares legítimos em território russo torna muito difícil para eles se defenderem”, afirmou ele.

Stoltenberg enfatizou, porém, que os membros da Otan não se envolverão diretamente no conflito a partir de seus territórios, nem com operações de combate na Ucrânia. Segundo ele, é preciso evitar que os combates “se transformem numa guerra total entre a Rússia e a Otan na Europa”.

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As ameaças de Putin

A possibilidade do envio de soldados ou equipamentos de países da Otan, maior aliança militar do Ocidente, ao campo de batalha ucraniano é alvo de críticas reiteradas do governo do presidente russo, Vladimir Putin. Em fevereiro, o presidente da França, Emmanuel Macron, atraiu críticas do Kremlin por defender que “nada deve ser descartado” para auxiliar Kiev, incluindo o possível envio de militares da Otan para fortalecer as defesas ucranianas.

Em resposta ao comentário de Macron, Putin destacou que “quaisquer potenciais agressores enfrentarão consequências muito mais graves” e que as nações ocidentais “têm de compreender” que a Rússia também tem armas nucleares “capazes de atingir alvos nos seus territórios”. Ele também afirmou que o emprego de tropas da Otan nos campos de batalha na Ucrânia “ameaça um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização”.

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