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Os gafanhotos estão chegando, mas a preocupação é exagerada

Os animais não trazem risco à saúde humana, embora possam devastar lavouras

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2020, 06h53 - Publicado em 26 jun 2020, 06h00

Como praga, e como se não bastassem as que andam por aí, o Brasil foi invadido nas redes sociais por ondas de alarme com a chegada de uma nuvem de gafanhotos vinda da Argentina. Não demorou nadinha para que os memes, as piadas — e um ou outro comentário exageradamente sério — associassem os insetos a passagens bíblicas e ao fim do mundo. A repercussão foi tanta que o termo “Bíblia” chegou aos trending topics do Twitter. As fotografias e os vídeos são impressionantes mesmo — ressalve-se, contudo, que muitas das imagens eram antigas, feitas na África, esperteza adequada à moda criminosa de fake news, que em cima de uma informação real aplica estultices. A verdade: os gafanhotos estão, sim, na esquina. Em 1 quilômetro quadrado pode haver 40 milhões de insetos, de até 15 centímetros de envergadura, que devoram por dia pastagens equivalentes às consumidas por 2 000 vacas. De acordo com o governo argentino, a espécie em voga é uma praga migratória “que não reconhece limites ou fronteiras e, em um dia, pode viajar até 150 quilômetros”. Há, no entanto, preocupação exagerada. Esses animais não trazem risco à saúde humana, embora possam devastar lavouras. No Paraguai, plantações de milho foram destruídas. Na Argentina, eles passaram por plantações de cana-de-açúcar e mandioca. O próximo destino deve ser o Uruguai. Mas por segurança o Ministério da Agricultura já estuda o uso de mais de 400 aviões agrícolas para o controle dos insetos. Tudo indica (amém!) que será nuvem passageira.

Publicado em VEJA de 1 de julho de 2020, edição nº 2693

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