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Opositor de Putin é barrado de participar das eleições na Rússia

Boris Nadezhdin, que é contra a guerra na Ucrânia, ganhou impulso inesperado na campanha; governo russo o acusa de falsificar assinaturas de apoiadores

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h25 - Publicado em 8 fev 2024, 09h07

Anti-guerra e opositor do presidente russo, Vladimir Putin, o presidenciável Boris Nadezhdin teve sua candidatura barrada pela autoridade eleitoral da Rússia nesta quinta-feira, 8, impedindo-o de concorrer no pleito marcado para março.

A comissão eleitoral central disse ter encontrado “irregularidades” em mais de 9 mil das 100 mil assinaturas de apoio que Nadezhdin apresentou para embasar sua candidatura. Esse número – 9 mil – é três vezes superior à taxa de erro permitida, de 5%, com o que a comissão justificou sua desqualificação.

Ao comentar a decisão, o Kremlin disse não ter “nada a acrescentar”, afirmando que a comissão seguiu todas as regras estabelecidas.

Sem desistência

A decisão não foi surpreendente, já que um grupo de trabalho da comissão eleitoral já havia afirmado na segunda-feira 5 que considerou inválidas 15% das assinaturas que Nadezhdin apresentou. Na semana passada, o vice-presidente da comissão, Nikolai Bulaev, disse ter encontrado 11 “almas mortas” entre as assinaturas.

O candidato disse nesta quinta-feira que contestaria a decisão da comissão eleitoral na Suprema Corte do país.

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“Não concordo com a decisão da comissão eleitoral central. Participar nas eleições presidenciais de 2024 é a decisão política mais importante da minha vida”, escreveu ele em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram. “Não vou desistir de minhas intenções.”

Quem é Nadezhdin

Político veterano que se associou a pessoas de dentro do Kremlin e à oposição a Putin, Nadezhdin lançou uma campanha de última hora para participar das eleições. Milhares de russos ficaram de pé numa fila durante horas no frio congelante para darem seu apoio por meio de assinaturas.

Nadezhdin disse no seu manifesto eleitoral que Putin cometeu um “erro fatal ao iniciar a operação militar especial” na Ucrânia, o termo preferido do Kremlin para a guerra. “Putin vê o mundo do passado e está arrastando a Rússia para o passado”, disparou.

Ninguém espera que o candidato, de 60 anos, seja vitorioso contra Putin, mesmo que lhe fosse permitido participar, dado o total domínio e controle do Estado por parte do atual presidente. Mas a sua campanha captou a atenção das pessoas devido à sua oposição aberta à guerra na Ucrânia.

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