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Opositor asilado na embaixada argentina em Caracas se entrega ao regime Maduro

Seis funcionários da campanha rival ao líder venezuelano estão há nove meses escondidos no complexo diplomático, que está sob cuidados do Brasil

Por Redação Atualizado em 20 dez 2024, 15h53 - Publicado em 20 dez 2024, 08h58

Um dos seis membros da oposição venezuelana que estão asilados na embaixada argentina em Caracas se entregou ao gabinete do procurador-geral do governo de Nicolás Maduro nesta sexta-feira, 20, segundo a agência de notícias Reuters. As tensões acerca do prédio diplomático crescem desde que Buenos Aires não reconheceu a reeleição do ditador venezuelano, que retaliou expulsando toda equipe diplomática argentina do país. Desde então, houve relatos sobre a Guarda Nacional cercando o complexo, que ficou sob os cuidados do Brasil.

Os seis asilados que receberam proteção da gestão do presidente ultraliberal Javier Milei fizeram parte da campanha de Edmundo González, porta-estandarte das forças de oposição na Venezuela, e María Corina Machado, de quem o desconhecido diplomata de 75 anos emprestou a popularidade para concorrer quando ela foi impedida por uma manobra do Judiciário, controlado por Maduro. Os funcionários eram encarregados de comunicação e de política internacional, entre outros temas.

São eles Magalli Meda, a chefe do bloco; Claudia Macero, jornalista responsável pela comunicação nacional; Fernando Martinez Mottola, assessor da líder da oposição María Corina; Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais; Omar González, chefe de campanha do estado de Anzoátegui; e Humberto Villalobos, responsável pela logística eleitoral. Todos têm contra si ordens de prisão por “ações violentas”, “terrorismo” e “desestabilização” do país.

Segundo a Reuters, quem foi ao gabinete do procurador-geral foi Martinez. A agência informou, com base em fontes judiciais, que o assessor está em sua própria casa. Por enquanto, não há mais detalhes.

Os funcionários estão na embaixada – que segundo regras internacionais, é território neutro que não pode ser invadido por forças de segurança – desde março, quando os mandados de prisão foram expedidos em março, parte do que a oposição diz ser uma repressão feroz do governo a críticos antes, durante e depois das eleições presidenciais de julho. No resultado oficial, Maduro foi reeleito, mas fiscais da oposição divulgaram atas de seções eleitorais comprovando a nítida dianteira de González. Europa, Estados Unidos e outros se recusaram a cumprimentar o líder bolivariano.

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González fugiu do país e se exilou em Madri, embora tenha dito que voltará a Caracas para tomar o “seu” cargo em 10 de janeiro, dia da cerimônia de posse presidencial. Corina está escondida na Venezuela.

A embaixada argentina está sob custódia brasileira desde agosto, depois de Buenos Aires e Caracas cortarem relações. A Argentina concedeu asilo e passagem segura aos seis membros da oposição, mas o governo da Venezuela não permitiu que eles saíssem do país.

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, disse que há negociações para tentar garantir passagem segura para os seis. Isso envolveria uma troca: passagem segura para os opositores garantiria a libertação do ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, um aliado de Maduro, preso por corrupção. Mas Quito já afirmou que não concorda.

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