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Oposição venezuelana asilada cobra resposta do Brasil por falta de energia em embaixada

Brasil assumiu custódia da representação argentina após corte de relações entre Buenos Aires e Caracas

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2025, 16h57

Cinco opositores venezuelanos asilados na Embaixada da Argentina na Venezuela denunciaram nesta segunda-feira, 24, que estão há quase uma semana sem energia elétrica, após o colapso do gerador que fornecia energia ao local. Sem acesso a água, luz e refrigeração, os asilados, que estão no local desde março do ano passado, cobraram respostas da Argentina e do Brasil, que assumiu custódia da representação diplomática em agosto, depois de Buenos Aires e Caracas cortarem relações.

“Até a hora da produção este documento, os asilados Magalli Meda, Claudia Macero, Pedro Urruchurtu, Humberto VIllalobos e Omar González têm uma conexão mínima graças a um ventilador com painel solar que permite que carreguem — um a um e parcialmente — os celulares”, diz um texto enviado pelo grupo.

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Asilado na Embaixada da Argentina em Caracas mostra celular carregado por ventilador ligado a painel solar (@ConVzlaComando/Reprodução)

Os opositores então pediram que “os governos de Argentina e Brasil, diretamente vinculados ao caso, agilizem as gestões para recuperar o quanto antes o serviço elétrico”, instando também a comunidade internacional a “exercer a pressão necessária para que se outorguem as salvaguardas para os opositores asilados”.

Sem o gerador, os alimentos armazenados no local estão em risco de deterioração e a falta de energia e água compromete ainda mais a permanência dos asilados no local.

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Na semana passada, na primeira notícia da falha do gerador, a líder oposicionista María Corina Machado usou suas redes sociais para condenar a inação da comunidade internacional, chamando a situação de “tortura pura e dura”. Ela acusou o governo de Maduro de violar acordos internacionais de proteção a refugiados. “O mundo democrático deve agir agora”, escreveu.

Enquanto isso, o governo de Maduro segue negando qualquer responsabilidade sobre o incidente. Em resposta às denúncias, autoridades venezuelanas acusam os exilados de conspirarem contra o regime e de desestabilizarem o país.

Os asilados que receberam proteção da gestão do presidente argentino, Javier Milei, fizeram parte da campanha de Edmundo González, porta-estandarte das forças de oposição na Venezuela, e María Corina Machado, de quem o desconhecido diplomata de 75 anos emprestou a popularidade para concorrer quando ela foi impedida por uma manobra do Judiciário, controlado por Maduro. Os funcionários eram encarregados de comunicação e de política internacional, entre outros temas.

Os funcionários estão na embaixada – que segundo regras internacionais é território neutro que não pode ser invadido por forças de segurança – desde março, após pedidos de prisão, parte do que a oposição diz ser uma repressão feroz do governo a críticos antes, durante e depois das eleições presidenciais de julho. No resultado oficial, Maduro foi reeleito, mas fiscais da oposição divulgaram atas de seções eleitorais comprovando a nítida dianteira de González. Europa, Estados Unidos e outros se recusaram a cumprimentar o líder bolivariano.

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