Operação dos EUA em Bagdá mata responsável por ataque contra americanos
Comandante do Kataib Hezbollah, grupo armado apoiado pelo Irã no Iraque, não teve nome divulgado
![This handout satellite picture released on January 29, 2024 by Planet Labs PBC and captured on October 12, 2023 shows a view of the base, known as Tower 22, which is operated by US troops as part of an international coalition against the Islamic State (IS) jihadist group, near Jordan's border with Iraq and Syria in the northeastern Rwaished District. A drone attack on January 28, 2024 on the frontier base in Jordan's northeast, killed three US troops. (Photo by Planet Labs / AFP) / XGTY / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / PLANET LABS PBC" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/01/000_34H499W.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Um comandante do Kataib Hezbollah, um grupo armado apoiado pelo Irã no Iraque e que o Pentágono responsabilizou por ataques a suas tropas, morreu em um ataque de forças americanas em Bagdá nesta quarta-feira, de acordo com o Exército dos EUA.
“As forças (dos EUA) conduziram um ataque unilateral no Iraque em resposta aos ataques contra militares dos EUA, matando um comandante do Kataib Hezbollah responsável por planejar e participar diretamente em ataques às forças dos EUA na região”, disse um comunicado dos militares.
+ Ataques dos EUA a alvos do Irã deixaram 39 mortos no Iraque e na Síria
O comandante do grupo armado não teve seu nome divulgado. Duas fontes da segurança, falando sob anonimato, disseram à agência Reuters que ele seria Abu Baqir al-Saadi, que morreu em uma ataque de drone contra um veículo.
Na semana passada, ataques a alvos ligados ao Irã no Iraque e na Síria realizados pelos Estados Unidos causaram ao menos 39 mortes. Em comunicado, a presidência do Iraque afirmou que a ofensiva “resultou na morte de muitos cidadãos iraquianos” e citou feridos, mas não informou o número de civis que estão entre as vítimas.
Os bombardeios a centros de comando e de inteligência, além de instalações de abastecimento e logística pertencentes à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), à brigada Al-Quds e a milícias associadas ao Irã, totalizando 85 alvos, foram uma retaliação pela morte de três soldados americanos na Jordânia em um ataque com drone em 28 de janeiro.
O Kataib Hezbollah assumiu autoria do ataque que matou os três americanos e, logo depois, anunciou que iria suspender todas as operações contra militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. Acredita-se que mais milícias apoiadas por Teerã em países vizinhos, como o Iraque, sigam este exemplo.
No mesmo comunicado, o Kataib Hezbollah insistiu que conduziu todas as suas ações de forma independente do Irã. No entanto, a suspensão das operações foi quase certamente coordenada com Teerã, para dissipar, ao menos temporariamente, as tensões com os Estados Unidos.