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ONU denuncia falta de acesso ao Irã e pede urgência para fiscalizar estoque de urânio

Órgão de vigilância nuclear, AIEA, diz em documento ser barrado do país desde junho, quando instalações iranianas foram bombardeadas por Israel e EUA

Por Flávio Monteiro
Atualizado em 12 nov 2025, 17h23 - Publicado em 12 nov 2025, 16h48

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não fiscaliza o estoque de urânio enriquecido sob posse do Irã desde junho, quando o país entrou em uma breve guerra contra Israel. As informações foram divulgadas pela agência de notícias The Associated Press nesta quarta, 12, e constam em um documento confidencial apresentado aos estados-membros das Nações Unidas.

O órgão de vigilância da ONU aponta que a situação deve ser “resolvida com urgência”, uma vez que o último relatório, divulgado em setembro, aponta que o estoque de 440 kg de urânio em posse de Teerã registra índice de pureza de até 60% — nível próximo ao necessário para produzir armas nucleares (90%).

“A falta de acesso da agência a esse material nuclear no Irã por cinco meses significa que sua verificação está muito atrasada, de acordo com as práticas padrão de salvaguardas”, afirma o documento.

+ Irã anuncia fim de acordo com agência de vigilância nuclear da ONU

De acordo com o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, o arsenal permitiria que fossem construídas até 10 bombas atômicas caso Teerã desejasse militarizar seu programa, que diz ser voltado apenas à geração de energia. Embora o Irã defenda que suas iniciativas atômicas são pacíficas, as nações ocidentais e a agência de vigilância apontam que existia lá um programa de armas nucleares até, pelo menos, 2003, e que o índice de pureza do estoque de urânio é incompatível com o setor energético.

O relatório também denuncia a suspensão de acesso a inspetores da AIEA às usinas nucleares atingidas pelos ataques promovidos por Israel em parceria com os Estados Unidos em junho passado. As instalações em questão incluem a Usina Nuclear de Bushehr e outras quatro instalações localizadas em Teerã, incluindo o Reator de Pesquisa da capital.

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A falta de cooperação é resultado direto do conflito deflagrado há quatro meses, durante o qual o Irã decidiu deixar de colaborar com a agência. Em setembro, o diretor Grossi chegou a se encontrar com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, para retomar as inspeções, mas o restabelecimento das sanções da ONU ao país naquele mesmo mês causou a interrupção do processo.

Mesmo com o imbróglio, o relatório informou que inspetores da AIEA viajarão ao Irã nesta quarta-feira para realizar uma averiguação no Centro de Tecnologia Nuclear de Isfahan. O complexo a 350 km da capital do país foi um dos locais atingidos pelos bombardeios de junho. Além de abrigar laboratórios relacionados ao programa atômico iraniano, também contém três reatores de pesquisa da China.

Signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o Irã é legalmente obrigado a cooperar com a AIEA — além de, claro, proibido de desenvolver bombas nucleares.

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