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ONU: 14.000 bebês podem morrer em Gaza nas próximas 48 horas sem ajuda humanitária

Diretor de ajuda humanitária da ONU afirma que cinco caminhões de ajuda liberados por Israel são apenas 'gota no oceano' comparado com o necessário

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 Maio 2025, 09h51

O diretor de ajuda humanitária das Nações Unidas, Tom Fletcher, disse à BBC nesta terça-feira, 20, que 14 mil bebês podem morrer em Gaza nas próximas 48 horas se a ajuda humanitária não chegar ao território palestino.

“Quero salvar o maior número desses 14.000 bebês que pudermos nas próximas 48 horas”, disse Fletcher, acrescentando que “precisamos inundar a Faixa de Gaza com ajuda humanitária”.

Perguntado como a ONU chegou a esse número, ele respondeu: “Temos equipes fortes no terreno  e, claro, muitas delas foram mortas… ainda temos muitas pessoas no terreno  elas estão nos centros médicos, estão nas escolas… tentando avaliar as necessidades.”

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Na segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel permitiram a primeira entrada de caminhões com suprimentos de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde o dia 2 de março, poucas horas depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciar, em meio à forte pressão internacional, a liberação do transporte de mantimentos.

Ao todo, segundo os militares, cinco caminhões com itens que incluem alimentos para bebês entraram na Faixa de Gaza pela travessia de Kerem Shalom, na tríplice fronteira entre Israel, Egito e Faixa de Gaza.

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Fletcher, no entanto, afirmou que os cinco caminhões de ajuda são apenas uma “gota no oceano” comparado com o que a população necessita. Segundo ele, os caminhões estão tecnicamente em Gaza, mas não chegaram aos civis, pois estão do outro lado da fronteira.

O funcionário da ONU espera conseguir que 100 caminhões atravessem a fronteira para Gaza nesta terça-feira. “Será difícil”, disse ele, afirmando que eles são “impedidos” em todos os pontos.

Bloqueio total a Gaza

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Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total a Gaza, impedindo a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos ao território onde vivem mais de 2 milhões de palestinos. Diversas agências de ajuda humanitária alertaram que o bloqueio está levando o devastado sistema de saúde de Gaza a um colapso.

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A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, segundo relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que a trégua, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”.

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