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Observadores internacionais contestam alegações de fraude de Keiko

Em entrevista concedida na última segunda-feira (7), candidata à presidência do Peru afirmou que eleições estão sendo fraudadas

Por Ernesto Neves Atualizado em 8 jun 2021, 12h32 - Publicado em 8 jun 2021, 12h13

Candidata de extrema direita à presidência do Peru, Keiko Fujimori afirmou na última segunda-feira (7) que as eleições estão sendo fraudadas pelo rival, Pedro Castillo.

Com 96,79% dos votos apurados, Keiko está nesta terça-feira (8) com 49,74% dos votos, atrás de Pedro Castillo, que está na dianteira com 50,25%.

Durante a coletiva de imprensa coletiva convocada por ela, Keiko Fujimori afirma que houve uma “série de irregularidades preocupantes”.

Ela acusa o partido de Castillo, Perú Libre, de usar estratégias para “distorcer e atrasar os resultados que refletem a vontade popular”, contestando as contagens de votos que, segundo Keiko, favoreciam seu partido, o Fuerza Popular. “Houve fraude sistemática”, afirmou.

Órgão responsável pela fiscalização das eleições peruanas, o Júri Nacional de Eleições, informou que a Missão de Observadores da União Interamericana de Órgãos Eleitorais já apresentou um relatório no qual conclui que a contagem dos votos ocorreu de modo regular.

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A mesma conclusão foi feita pela Missão de Observação Eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos).  Sob responsabilidade do ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano, a OEA afirma que “eventuais inconformidades não comprometem a eleição como um todo”.

Ainda na segunda-feira, Pedro Castillo se dirigiu a uma multidão de apoiadores no centro da capital, Lima, e os convocou a “defender a democracia que se expressa em cada um dos votos, dentro e fora de nosso amado Peru”.

Essa é a terceira tentativa de Keiko Fujimori de chegar à presidência peruana. Em 2016, ela foi derrotada por Pedro Kuczynski por menos de 3% dos votos, e em 2011 por Ollanta Humala por margem semelhante.

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Keiko é filha do ex-presidente do Peru Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000. Ele está preso, cumprindo sentença de 25 anos por corrupção e ligações com esquadrões da morte.

Keiko também acumula suspeitas de corrupção. Ela é acusada de receber mais de $ 17 milhões de dólares em fundos de campanha ilegais e de liderar uma organização criminosa. Se condenada, pode ter de cumprir sentença de 30 anos de cadeia.

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