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Obra de Niemeyer no Líbano entra em lista da ONU de patrimônios em perigo

Feira Internacional Rachid Karami é considerada uma mais importantes da arquitetura moderna do século XX

Por Mafê Firpo 25 jan 2023, 19h32

A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) adicionou a Feira Internacional Rachid Karami, na cidade libanesa Trípoli, na lista de Patrimônio Mundial em perigo, informou a Agence France-Presse (AFP) nesta quarta-feira, 25. A obra é assinada por Oscar Niemeyer e é considerada uma mais importantes da arquitetura moderna do século XX.

“Pela escala e riqueza de sua expressão formal, a Feira é uma das obras mais representativas da arquitetura moderna do século XX no Oriente Médio árabe”, declarou a agência da ONU em comunicado. 

O comitê do patrimônio mundial afirmou em uma reunião extraordinária realizada nesta terça-feira, 24,  que a decisão de colocar a obra na lista foi no intuito de alertar a todos sobre seu “estado de conservação”. Além disso, era preciso ficar atento à “falta de recursos financeiros” para os cuidados e o “risco latente” de outros projetos que podem danificar a construção.

A feira foi idealizada em 1962 pelo arquiteto brasileiro. De acordo com o comunicado, a obra é considerada um símbolo da “política de modernização iniciada pelo Líbano” em 1960. 

 Ao mesmo tempo, a Unesco também incluiu o centro histórico de Odesa, uma cidade portuária estratégica localizada na costa ucraniana do Mar Negro, e os monumentos do antigo reino de Saba, em Marib, no Iêmen, na mesma lista. 

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O patrimônio cultural de Odesa, segundo o órgão, está sob ameaça desde a invasão da Rússia na Ucrânia. A cidade, que deixou uma marca no cinema, na literatura e nas artes, já foi bombardeada diversas vezes desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Em julho do mesmo ano, parte do telhado de vidro e janelas do Museu de Belas Artes de Odesa, inaugurado em 1899, foram destruídos.

“À medida que a guerra continua, esta inscrição reflete nossa determinação coletiva de proteger esta cidade de uma destruição maior”, disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay em um comunicado.

Já os monumentos do antigo reino de Sabá, formados por sete sítios arqueológicos que mostram a diversidade arquitetônica, estética e tecnológica desde o primeiro milênio antes de Cristo até a chegada do Islã, é ameaçado pelo conflito civil em curso no Iêmen.

Seu registro no procedimento de emergência deveu-se a ameaças de destruição relacionadas ao conflito civil em curso no Iêmen.

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