O novo passo para eleição na Venezuela após aceno dos Estados Unidos
Primárias da oposição são realizadas em meio a ceticismo e problemas para deslocamento de eleitores
A Venezuela deu um novo passo formal neste domingo, 22, para a realização de eleições limpas e justas — embora o ceticismo e a descrença ainda predominem entre os eleitores. A oposição realiza primárias para definir o candidato de oposição unificada em um eventual pleito com o atual chefe de Estado, Nicolás Maduro. A votação acontece depois de os Estados Unidos darem um voto de confiança ao país na última semana.
O presidente americano Joe Biden autorizou a volta de transações de petróleo e gás por seis meses com os venezuelanos. A contrapartida é justamente a realização de eleições democráticas para a presidência do país. A medida pode ser revertida a qualquer momento pelos EUA.
Maria Corina Machado, de 56 anos, engenheira industrial e ex-deputada, é a ampla favorita na disputa e está 40 pontos percentuais à frente de seus adversários nas pesquisas eleitorais. Ela está inabilitada a concorrer a cargos públicos por 15 anos. Jorge Rodríguez, principal negociador do governo, afirmou que os cidadãos com barreiras eleitorais não poderão disputar o pleito em 2024.
A estimativa é que 3 mil locais de votação tenham recebido os eleitores neste domingo. Todavia, a oferta de gasolina era limitada e os transportes públicos no interior da Venezuela funcionavam irregularmente, segundo relatos feitos à agência Reuters.