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O duro recado a líderes em homilia para papa Francisco sobre guerras

Cardeal italiano Giovanni Battista Re conduziu cerimônia fúnebre que descreveu como pontífice acreditava em 'construir pontes e não muros'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 abr 2025, 10h53 - Publicado em 26 abr 2025, 07h41

Com quase 20 minutos de duração, a homilia fúnebre do cardeal Giovanni Battista Re, neste sábado, 26, relembrou muitos momentos marcantes do pontificado de Francisco – e teve um tom político que, sem dúvidas, irritou vários dos chefes de Estado reunidos na Praça de São Pedro.

Mais de 200 mil pessoas lotaram o Vaticano nesta manhã para dar o último adeus ao papa Francisco na Missa de Réquiem, liderada por Re, presidente do Colégio Cardinalício, em que foi acompanhado por 220 cardeais e 750 bispos e padres perto do altar. Outros mais de 4 mil padres celebraram o ritual na praça, e dentro da catedral, mais de 130 delegações com chefes de Estado participam da despedida.

Além de definir Francisco como um “papa no meio do povo, de coração aberto”, que tornou a Igreja “um lar de todos”, Re deu um recado intenso a respeito da responsabilidade de líderes mundiais em relação a causas comuns da humanidade e a “derrota trágica” que representam as guerras.

“Dirigindo-se a homens e mulheres de todo o mundo, na sua Carta Encíclica Laudato si’, (Francisco) chamou a atenção para os deveres e a corresponsabilidade em relação à causa comum. ‘Ninguém se salva sozinho'”, lembrou Re.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, realizaram uma reunião a respeito das negociações de paz com a Rússia, que Washington intermedia. Ficou marcada uma missa em que o falecido líder da Igreja Católica chorou ao falar sobre o conflito no Leste Europeu, e até os seus últimos momentos, ele realizava telefonemas diários com a paróquia de Gaza, enclave palestino devastado pela guerra Israel-Hamas.

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In this handout photograph taken and released by the Ukrainian Presidential Press Service on April 26, 2025, Ukraine's President Volodymyr Zelensky (R) meets with US President Donald Trump (L) on the sidelines of Pope Francis's funeral at St. Peter's Basilica at the Vatican. (Photo by Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à direita), encontra-se com o presidente dos EUA, Donald Trump (à esquerda), à margem do funeral do papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. 26/04/2025 – (Presidência da Ucrânia/AFP)

“Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez, a uma negociação honesta para encontrar soluções possíveis, porque a guerra – dizia ele – é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas”, lembrou Re. “A guerra deixa sempre o mundo pior do que estava: é sempre uma derrota dolorosa e trágica para todos”, completou.

De acordo com o presidente do Colégio Cardinalício, a exortação “construir pontes e não muros” foi algo que Francisco repetiu muitas vezes, “e o serviço da fé como Sucessor do Apóstolo Pedro esteve sempre unido ao serviço do homem em todas as suas dimensões”.

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