O desfecho do mistério verde fluorescente no Grande Canal de Veneza
De acordo com as autoridades, a mudança de cor aconteceu devido a uma substância usada para testar as águas do canal
![A photo taken and made available on May 28, 2023 by Italian news agency Ansa, shows fluorescent green waters below the Rialto Bridge in Venice's Grand Canal. The prefect called an urgent meeting on May 28 with the police to investigate the origin of the liquid, as gondoliers were getting lost in conjectures about the color's origin. (Photo by STRINGER / ANSA / AFP) / Italy OUT](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/05/000_33GF7FT.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Autoridades de Veneza, na Itália, descobriram nesta terça-feira, 30, que a mancha verde fluorescente no Grande Canal foi causada por fluoresceína, uma substância não tóxica usada para testar redes de águas residuais. O caso foi investigado pela polícia depois que moradores notaram que as águas mudaram de cor na segunda-feira 29.
De acordo com a agência regional de prevenção e proteção ambiental do Veneto (Arpav), a análise mostrou “a presença de fluoresceína nas amostras coletadas”, mas não especificou a origem da substância. A agência ressaltou que os resultados “não mostraram a presença de elementos tóxicos nas amostras analisadas”.
A mudança de cor notada pelos moradores gerou especulações de que a mancha poderia ser uma forma de protesto de ambientalistas. O vereador Andrea Pegoraro chegou a acusar diretamente o grupo italiano Last Generation, que luta contra as mudanças climáticas, mas ninguém chegou a assumir a responsabilidade pelo ato.
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Nas redes sociais, o assunto foi amplamente discutido e os moradores publicaram fotos e vídeos das gôndolas e táxis aquáticos deslizando pela água verde.
https://twitter.com/dragon_of_time_/status/1662851097482911751?s=20
Apesar do susto, essa não é a primeira vez que o Grande Canal de Veneza adquire a coloração fluorescente. Em 1968, o artista argentino Nicolás García Uriburu tingiu as águas com um corante verde durante a 34ª Bienal de Veneza, em uma ação para promover a consciência ecológica. Com essa manifestação, o artista queria chamar atenção para as relações entre civilização e natureza.