O conclave mais curto e o mais longo da história: a escolha do papa
Algumas horas ou anos – a diferença entre as eleições mais marcantes da Igreja Católica

O conclave é um momento crucial na Igreja Católica, quando os cardeais se reúnem para eleger o novo papa. Ao longo da história, eles variaram consideravelmente em duração, com alguns sendo breves e outros se estendendo por arrastados períodos. O mais curto e o mais longo da história mostram as diferentes maneiras como a instituição tem conduzido a eleição de seus líderes.
O conclave mais curto ocorreu em 1503. De acordo com os registros da época, apenas algumas horas foram necessárias para a eleição do cardeal italiano Giuliano della Rovere (1443-1513), que se tornou o papa Júlio 2º. Havia grande consenso em torno de seu nome antes da votação, que se deu praticamente por aclamação.
Já um dos conclaves mais rápidos da era moderna foi o de 2005, quando faleceu João Paulo II (1920-2005) abriu a vaga. Em dois dias, os cardeais elegeram o alemão Joseph Ratzinger (1927-2022), que adotou o nome de Bento XVI.
Em contrapartida, o conclave mais longo da história ocorreu entre 1268 e 1271. Durou 2 anos e 9 meses, sendo o mais prolongado devido a disputas internas entre facções de cardeais e à falta de consenso sobre a escolha. A demora foi tamanha que o papa não foi escolhido até o ano de 1271, após a intervenção do Imperador de Roma, que pressionou pela escolha de Teobaldo Visconti (1210-1276), que assumiria o papado com o nome de Gregório X.
Com a atual Sede Vacante (quando não há papa), a expectativa é de que o próximo conclave seja mais breve. Especialistas apontam que, com um candidato favorito já bem delineado e o cenário mais definido, os cardeais podem chegar a um consenso de maneira mais célere, sem as disputas prolongadas que marcaram o rito longo do século 13. Assim, a eleição do novo papa tem a expectativa de ser concluída em poucos dias, refletindo a urgência em dar continuidade à liderança da Igreja Católica.