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O boicote mundo afora a produtos dos EUA em resposta ao tarifaço de Trump

No Canadá e na Europa, alvos de amplas tarifas, dissemina-se a mentalidade de 'compre local', privilegiando marcas nacionais

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 abr 2025, 09h53

Embora o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha pausado o tarifaço a uma série de países, com exceção da China, nesta quarta-feira, 9, consumidores mundo afora se mobilizam para boicotar produtos vindos dos EUA. No Canadá e na Europa, inicialmente alvos de amplas tarifas, dissemina-se a mentalidade de “compre local”, privilegiando marcas nacionais no lugar das americanas. O protesto ocorre tanto em lojas físicas, incluindo grandes varejistas, quanto nas redes sociais.

No Facebook, grupos de mobilização despontaram, todos criados por usuários. Para os orientar os franceses, surgiu o Boycott USA: Achetez Français et Européen! (“Comprem francês e europeu!”, em português), que hoje conta com mais de 30 mil membros, enquanto as comunidades suecas Bojkotta varor från USA e Boykot varer fra USA já ultrapassam, juntas, a marca de 180 mil participantes.

Em fóruns como o Reddit, postagens estimulam que europeus e canadenses coloquem os artigos americanos de cabeça para baixo nas prateleiras dos supermercados, de forma a sinalizá-los para instigar consumidores a escolherem outras opções. No entanto, na Alemanha, que foi alvo de taxas de 20% pelo tarifaço à União Europeia (UE), o boicote ocorre instintivamente. Segundo o grupo de pesquisa Cuvey, 64% dos alemães têm preferido evitar produtos dos Estados Unidos.

Empresas também entraram na onda. A maior varejista da Dinamarca, Salling Group, anunciou que oferecerá “um serviço extra para fregueses”, colocando uma estrela preta nos produtos europeus para diferenciá-los dos americanos. Em decisão linha-dura, a fornecedora norueguesa de óleo e combustível para navios Haltbakk Bunkers disse que deixará de abastecer embarcações da Marinha dos EUA.

Tesla sente impacto

A Tesla, do magnata Elon Musk, não ficou de fora das retaliações. O bilionário está à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) e é um dos principais conselheiros de Trump, tendo sido o maior doador do republicano na corrida eleitoral. Em meio à chuva de impostos, a empresa de veículos elétricos perdeu 40% de sua cotação na bolsa de valores. Musk, inclusive, se opôs publicamente ao tarifaço.

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“Espero que haja um acordo de que tanto a Europa quanto os Estados Unidos devem se mover idealmente, na minha opinião, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de livre-comércio entre a Europa e a América do Norte”, disse ele.

As vendas da montadora de Musk vêm despencando desde fevereiro e acumularam uma queda de 13% nos primeiros três meses deste ano. O desempenho foi fraco até mesmo na Noruega, onde os veículos elétricos correspondem a mais de 90% das vendas de carros novos.

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