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O bebê palestino desnutrido por trás da foto que chocou o mundo

Siwar Ashour, de cinco meses, pesa apenas dois quilos em meio à crise humanitária agravada na Faixa de Gaza

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 Maio 2025, 18h07

A bebê palestina que aparece em imagens que chocaram o mundo nos últimos dias se chama Siwar Ashour. Ela tem cinco meses e pesa pouco mais de dois quilos, quando o esperado para a idade seria cerca de seis quilos, segundo reportagem da BBC publicada neste domingo, 26.

Siwar sofre de uma grave alergia alimentar e depende de uma fórmula especial de leite, atualmente em falta por causa do bloqueio israelense e das restrições à entrada de ajuda humanitária. A mãe da bebê, Najwa Ashour, de 23 anos, relatou que conseguiu apenas uma lata do produto ao receber alta do hospital Nasser, em Khan Younis, onde a criança foi tratada. De volta para casa, Siwar voltou a perder peso.

“A situação é muito grave. Ela continua muito magra e fraca”, disse Najwa, que vive com a filha e a avó da bebê em um abrigo improvisado, cercadas por ruínas e pela superlotação de deslocados. “Não conseguimos leite nem fraldas por causa dos preços e do fechamento da fronteira”, contou à BBC.

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Como muitas mães palestinas, Najwa também enfrenta dificuldades para amamentar, afetada pela própria desnutrição e pela falta de alimentos e água potável.

Após mais de 19 meses de guerra e sob nova ofensiva militar de Israel, a crise humanitária na Faixa de Gaza se intensificou.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que a ajuda permitida é insuficiente, equivalente a “uma colher de chá”, e alertou que a população palestina enfrenta uma das fases mais graves do conflito.

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A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, apontou um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que o cesar-fogo, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”. A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território

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