Nuvem de gafanhotos: como o governo brasileiro se prepara contra a praga
Ministério da Agricultura monitora o avanço dos insetos, que podem chegar ao Sul nos próximos dias ou seguir para o Uruguai
Uma nuvem de gafanhotos destruiu plantações de milho e mandioca na Argentina na segunda-feira 23 e existe o risco de que ela chegue ao Brasil. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, a nuvem de 40 milhões de insetos pode ter surgido no Paraguai e percorrido mais de 1.000 quilômetros. A praga entrou no país durante o fim de semana pela província de Formosa. Segundo o órgão, a nuvem tem ao menos um quilômetro quadrado e destrói o pasto “equivalente ao que 2.000 vacas podem consumir em um dia”.
O governo brasileiro diz estar monitorando a situação uma vez que os insetos voam em áreas próximas da fronteira. O Ministério da Agricultura emitiu alertas aos estados “para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul, para a adoção eventual de medidas de controle da praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro”. A pasta frisa, no entanto, que especialistas argentinos acreditam que a possibilidade maior é de que os insetos sigam para o Uruguai.
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Clique e AssineA nuvem de gafanhotos não “afeta a saúde de pessoas ou animais, pois se alimenta apenas de material vegetal e não é vetor de nenhum tipo de doença”, afirmou o Senasa. As autoridades argentinas informaram que estão avaliando o dano às plantações de milho e mandioca do país. Vídeos publicados nas redes sociais pelo órgão e por moradores da região atacada mostram parte da nuvem e dos estragos deixados pelos insetos em plantações.
#AlertaLangosta ⚠️🦗 Constatamos la presencia de una manga de #langostas proveniente de Paraguay 🇳🇱 en Colonia Santo Domingo, localidad de General Manuel Belgrano, #Formosa. Estamos evaluando la densidad de la población de la plaga y los daños a los cultivos de maíz y mandioca. pic.twitter.com/Lc52YctoA4
— Senasa Argentina (@SenasaAR) May 22, 2020
#Alerta #Langosta 🦗⚠️#SantaFe
Como habíamos pronosticado, la manga de langostas ingresó a la provincia en el día de hoy y luego de desplazarse casi 140 km se asentó en cercanías de la localidad de Lanteri. pic.twitter.com/YHPHSEN8H5— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 18, 2020
Manga de langostas en el este de #Formosa #Argentina
Video del equipo del @SenasaAR en terreno#Swarm #Langostas #Locusts#LocustAttack #Emergencia@GlobalLocust @LocustCirad @FAOLocust @FAOemergencies pic.twitter.com/X52mVlfrcj
— Hector Emilio Medina 🌾🦗 (@MedinaHectorE) May 31, 2020
Atualmente, a nuvem de gafanhotos se encontra em Corrientes, e seguirá para a província de Entre Rios. No entanto, ainda há a possibilidade dos insetos entrarem no Brasil.
Pelo Twitter, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, falou sobre o caso. “O Ministério da Agricultura tomou conhecimento dessa nuvem de gafanhoto que está agora sobre o território argentino e que tem possibilidade de chegar ao território brasileiro. Montamos já um plano de monitoramento para acompanhar o deslocamento desses gafanhotos”, afirmou. “A gente espera que não chegue ao Brasil, mas todas as ações que podem ser tomadas já tem um grupo de acompanhamento e as ações que podem ser implementadas caso isso aconteça.”
A pasta afirmou que o surgimento da praga pode estar relacionado “a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos”.
Nuvem de gafanhotos | O @Mapa_Brasil está acompanhando
a situação para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região.
Confira a nota oficial:https://t.co/e2kkrBk4Am pic.twitter.com/IjcFhQZnPw— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) June 23, 2020