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Número de mortos em terremoto no Afeganistão ultrapassa 1.400; Talibã apela por ajuda

Lista de vítimas deve aumentar à medida que equipes de resgate buscam sobreviventes sob lamaçal e escombros em vales íngremes

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 set 2025, 09h04

O número de mortos no terremoto de magnitude 6 que abalou o Afeganistão no início desta semana subiu para 1.411 nesta terça-feira, 2, após uma noite de buscas por sobreviventes e corpos sob escombros no leste do país. Mais de 3 mil pessoas ficaram feridas, de acordo com o governo do Talibã, que apelou por ajuda internacional diante da destruição de vilarejos inteiros na província de Kunar, que faz fronteira com o Paquistão.

Muitos pessoas permanecem presos sob os detritos do que antes eram casas feitas de pedra e terra em vales íngremes. Mas as equipes de resgate relataram dificuldade para chegar às áreas remotas devido ao terreno montanhoso e acidentado. Com o epicentro a apenas 10 km de profundidade, foi um terremoto superficial, conhecido por ter um impacto particularmente destrutivo.

Autoridades locais disseram esperar que o número de vítimas aumente conforme os socorristas chegarem a locais mais isolados, muitos dos quais continuam inacessíveis mais de 24 horas após o abalo sísmico.

Apelo por ajuda

Sharafat Zaman, porta-voz do Ministério da Saúde do governo do Talibã, pediu ajuda internacional para enfrentar a devastação. “Precisamos dela porque muitas pessoas perderam suas vidas e suas casas aqui”, disse ele.

O Afeganistão já vinha sofrendo com uma grave crise econômica e a retirada da ajuda externa, da qual o país há muito dependia, após a tomada do país pelo Talibã em 2021. Políticas radicais do governo extremista, como proibir mulheres de estudarem e trabalharem, levaram a uma queda acentuada no financiamento internacional e na assistência humanitária ao país.

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EDITORS NOTE: Graphic content / Damaged houses are pictured from a helicopter after earthquakes at Mazar Dara village in Nurgal district, Kunar province, in Eastern Afghanistan, on September 1, 2025. More than 800 people have died and over 2,700 were injured from August 31 night to September 1, 2025, in eastern Afghanistan after a 6-magnitude earthquake, followed by at least five aftershocks felt hundreds of kilometers away. (Photo by Wakil Kohsar / AFP)
Casas danificadas são fotografadas de um helicóptero após terremotos na vila de Mazar Dara, no distrito de Nurgal, província de Kunar, no leste do Afeganistão. 01/09/2025 – (Wakil Kohsar/AFP)

O desastre deve sobrecarregar ainda mais os recursos do governo, que ainda por cima está lidando com a chegada de centenas de milhares de afegãos deportados pelo Irã e pelo Paquistão nas últimas semanas.

Na segunda-feira, o Reino Unido estabeleceu uma linha de financiamento emergencial para os afetados pelos recentes terremotos, afirmando que garantiria que quaisquer insumos não sejam destinados ao governo do Talibã, canalizando-os por meio de seus parceiros. O Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou suas condolências pela perda de vidas no Afeganistão em uma publicação no X (ex-Twitter), mas não deixou claro se o país forneceria alguma assistência.

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Destruição

O terremoto arrasou três vilarejos em Kunar, no leste do país, e causou danos substanciais em muitos outros. Pelo menos 610 pessoas morreram em Kunar e 12 em Nangarhar.

O principal palco da devastação foi o vilarejo de Ghazi Abad, no distrito de Nurgal, em Kunar. Casas foram reduzidas a escombros e muitos moradores continuam presos. Os que sobreviveram começaram a limpar os detritos com dificuldade, manualmente, e fizeram macas improvisadas para carregar os feridos que conseguiram alcançar.

“Não há um único cômodo visível nesta vila”, disse um morador de Ghazi Abad, Abdullah, acrescentando que não há comida nem água potável no local. “As consequências do desastre sugerem que a vida aqui terminou em meros segundos.”

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Em Kunar, os mortos, alguns deles crianças, foram envoltos em mortalhas brancas por habitantes locais que realizaram rituais fúnebres simples antes de enterrá-los, enquanto helicópteros transportavam os feridos para hospitais.

Além da luta para chegar a áreas montanhosas remotas, as equipes de resgate relataram não ter acesso a linhas de telefone ao longo da fronteira com o Paquistão. As operações também foram prejudicadas por fortes chuvas, que aumentaram o risco de deslizamentos de terra e deixaram muitas estradas intransitáveis. Segundo o Ministério da Defesa, helicópteros destacados para a missão já realizaram 40 voos, levando a bordo 420 feridos e mortos.

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