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Número de mortos em Gaza ultrapassa 45 mil palestinos, dizem autoridades da Saúde

Número de mortos, equivalente a cerca de 2% da população de Gaza, inclui mulheres e crianças, que representam mais da metade das vítimas

Por Da Redação
16 dez 2024, 18h13

A guerra em Gaza entre Israel e o grupo militante Hamas, iniciada em 7 de outubro do ano passado, já deixou mais de 45 mil palestinos mortos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza nesta segunda-feira, 16. A grande maioria das mortes foi provocada por intensos bombardeios israelenses, que também deixaram mais de 106 mil feridos.

O número de mortos, equivalente a cerca de 2% da população de Gaza, inclui mulheres e crianças, que representam mais da metade das vítimas, conforme o Ministério da Saúde palestino.

A divulgação do balanço mais recente do número de mortos se dá em meio ao avanço de negociações de cessar-fogo, mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos. Mais cedo, nesta segunda, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse acreditar que os negociadores estão mais perto de um acordo de cessar-fogo do que em qualquer outro momento anterior.

+ Ações de Israel em Gaza constituem ‘genocídio’, conclui Anistia Internacional

“Há uma oportunidade sendo criada, dada a necessidade do Hamas de se tornar mais flexível, e espero que possamos avançar para uma etapa prática nesse processo”, disse Katz antes de uma reunião do Comitê de Relações Exteriores e Defesa.

Morte de civis

Nos últimos 30 dias, mais de 50 mortos foram levados para hospitais em Gaza, que continua sendo alvo constante de bombardeios. Um dos ataques mais recentes aconteceu no bairro de Shijaiyah, onde uma família de quatro pessoas, entre outras vítimas, foi morta durante a noite.

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Israel, por sua vez, alega que o Hamas é responsável pelo número elevado de vítimas civis, pois, segundo a alegação, o grupo opera dentro de áreas densamente povoadas. No entanto, organizações de direitos humanos e autoridades palestinas argumentam que Israel não tem tomado precauções suficientes para evitar as mortes de civis.

Em um ataque separado, ocorrido em uma escola na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, pelo menos 13 pessoas, incluindo seis crianças e duas mulheres, perderam a vida. O Hospital Nasser, que recebeu os corpos, inicialmente registrou 16 mortos, mas corrigiu o número posteriormente, informando que três vítimas eram de um ataque distinto.

Segundo a organização Anistia Internacional, as ações de Israel em Gaza constituem crime de “genocídio” contra o povo palestino sob o direito internacional. A avaliação, publicada no início do mês em relatório, é a primeira do tipo feita por uma grande organização de direitos humanos desde o início do conflito.

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O documento de 296 páginas examinou os eventos em Gaza entre outubro de 2023 e julho de 2024. O estudo foi baseado em trabalho de campo, entrevistas com 212 pessoas, incluindo vítimas, testemunhas e profissionais de saúde em Gaza, análise de extensas evidências visuais e digitais e mais de 100 declarações do governo israelense e atores militares que, segundo a Anistia Internacional, foram “desumanizantes”. O relatório também usou vídeos e fotos de soldados cometendo ou celebrando crimes de guerra.

“Israel descaradamente, continuamente e com total impunidade desencadeou o inferno” no enclave onde habitam 2,3 milhões de pessoas, afirmou o texto. Os “crimes de atrocidade” contra israelenses cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra, “não justificam o genocídio”, acrescentou.

Israel “cometeu atos proibidos pela Convenção sobre Genocídio, nomeadamente matar, causar danos físicos ou mentais graves e impor deliberadamente aos palestinos em Gaza condições de vida calculadas para causar sua destruição física”, com a “intenção específica de destruir os palestinos”, declarou o relatório.

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