Marinha descobre nova pista de submarino desaparecido
O estoque de oxigênio disponível pode não ser mais suficiente para manter a tripulação viva
A angustiante procura pelo submarino argentino perdido no Atlântico há sete dias continuou na madrugada desta quarta-feira. O ARA San Juan, que leva 44 pessoas a bordo, perdeu contato com as bases de controle no continente no dia 15.
Um novo sinal que poderia indicar a localização do submarino foi detectado pelas equipes de busca, segundo relataram duas fontes ao jornal argentino Clarín. A pista levou ao estabelecimento de um novo perímetro de buscas no Atlântico Sul.
Por volta da meia-noite desta quarta, uma frota de navios se dirigiu ao local onde o novo sinal foi detectado, para verificar se a peça encontrada pertence, de fato, ao San Juan. O ponto, a 300 quilômetros da costa da cidade de Puerto Madryn, coincide com a área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma “mancha de calor” a 70 metros de profundidade.
A Marinha e o Ministério da Defesa argentino ainda não confirmaram oficialmente as informações.
O desaparecimento do navio
O ARA San Juan fez seu último contato na manhã do dia 15 quando ia de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, a Mar del Plata, cerca de 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Nessa mesma manhã, o capitão do submarino havia reportado uma avaria nas baterias da embarcação. Especialistas consultados pelo jornal argentino La Nación indicam que a zona marítima onde o veículo aquático pode ter desaparecido tem cerca de 700 metros de profundidade.
As buscas pelo submarino entraram em uma fase crítica nesta quarta-feira. Caso a embarcação esteja sem condições de emergir, o estoque de oxigênio disponível seria suficiente para manter a tripulação viva por até sete dias — nesta hipótese, não restaria mais oxigênio para os tripulantes.
Ao todo, dez países participam das operações de busca pelo submarino – entre eles o Brasil, que enviou à Argentina dois aviões e três embarcações, Chile, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha. Ao contrário dos últimos dias, quando ondas de até 10 metros foram registradas em alto-mar, melhores condições climáticas são previstas para esta terça-feira.