Brasil e Cuba firmaram um novo compromisso na área da saúde durante viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país para participar da cúpula do G77+China, grupo que reúne 134 países em desenvolvimento e a China. O presidente desembarcou no país na última sexta-feira, 15. Em discurso neste sábado, 16, o presidente afirmou que o embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba é “ilegal” e que o Brasil continuará se posicionando contra quaisquer “medidas coercitivas de caráter unilateral”.
O acordo na área da saúde foi conduzido pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que integra a comitiva brasileira. Brasil e Cuba vão desenvolver em conjunto produtos para a saúde. O objetivo é elaborar novas vacinas, medicamentos para doenças crônicas, como Alzheimer e diabetes, e também remédios para gastrite a partir do uso da cana-de-açúcar. “O Brasil se beneficia de um conhecimento de ponta que Cuba desenvolveu, com investimentos de anos”, disse a ministra.
O novo acordo não inclui o intercâmbio de médicos cubanos ao Brasil por meio do programa Mais Médicos. Entre os anos de 2013 e 2018, cerca de 8 mil médicos cubanos trabalharam no Brasil em razão de um acordo entre os países. Nísia Trindade afirmou em coletiva que Cuba não apresentou um pedido específico para o ingresso de médicos no programa e que a prioridade do Mais Médicos é levar médicos brasileiros a locais onde há escassez de atendimento, mas que profissionais de todas as nacionalidades podem participar da seleção.