Nova Zelândia proíbe venda de armas semiautomáticas após atentado
Ataque a tiros contra mesquitas na cidade de Christchurch deixou pelo menos 50 mortos na última semana
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou, nesta quinta-feira 21, a proibição imediata da venda de fuzis de assalto e todas as outras armas longas semiautomáticas no país, em resposta ao ataque contra duas mesquitas em Christchurch, que deixaram 50 mortos.
“Anuncio que a Nova Zelândia proibirá todas as armas semiautomáticas de estilo militar. Também proibiremos todos os fuzis de assalto”, disse Ardern, que também anunciou medidas provisórias para evitar uma enxurrada de compras antes da entrada em vigor da proibição.
“A consequência será que ninguém poderá comprar estas armas sem uma autorização da polícia e posso garantir que não terá sentido solicitar tal permissão”.
Ardern também anunciou a proibição de carregadores de grande capacidade e dos dispositivos que permitem realizar disparos mais rápidos.
“Para resumir, cada arma semiautomática empregada no ataque terrorista de sexta-feira será proibida neste país”.
Para as armas já adquiridas, Ardern anunciou um sistema de recompra que exigirá entre 100 e 200 milhões de dólares neozelandeses (entre 69 e 139 milhões de dólares), em função do volume de armas recebidas.
Quem mantiver as armas após o período de anistia enfrentará multas de até 4 mil dólares e três anos de prisão.
Na sexta-feira passada, o supremacista branco australiano Brenton Tarrant utilizou um fuzil de assalto nos ataques contra duas mesquitas de Christchurch, em um massacre transmitido ao vivo pelo agressor no Facebook.
(Com AFP)