Nos EUA, ômicron deixa supermercados com prateleiras vazias
Mudanças climáticas e o aumento da variante Ômicron são dois fatores que ajudam a escassez de alimentos
Após dois anos de pandemia e problemas relacionados à cadeia de suprimentos, os supermercados ainda lutam para que as prateleiras não permaneçam vazias.
A frustração engloba a necessidade de reabastecê-las com produtos básicos, como leite, pão, carne, sopas enlatadas e produtos de limpeza.
Consumidores descontentes exibiram o problema nas redes sociais nos últimos dias, postando fotos de prateleiras sem produtos.
Com a variante Ômicron aumentando o número de casos, há uma escassez de trabalhadores para funções críticas como transporte e logística, o que afeta indiretamente a entrega de produtos por toda América.
Vivek Sankaran, CEO da Albertsons – a segunda maior rede de supermercados da América do Norte –, reconheceu que os produtos estão em falta durante a teleconferência de resultados da empresa com analistas nesta semana
“Esperamos mais desafios de fornecimento nas próximas quatro a seis semanas”, afirmou.
Segundo a National Grocers Association, entidade que representa o setor, as mercearias estão operando no limite.
“Embora haja abundância de alimentos na cadeia de suprimentos, prevemos que os consumidores continuarão a experimentar interrupções esporádicas em certas categorias de produtos, como vimos no último ano e meio devido ao fornecimento contínuo e desafios trabalhistas”, disse Greg Ferrara, o presidente e CEO do grupo.
Com a continuação da pandemia, muitos trabalhadores da indústria de alimentos optam por não retornar aos seus empregos com baixos salários.
A escassez contínua de caminhoneiros continua a desacelerar a cadeia de suprimentos e a capacidade dos supermercados de reabastecer as prateleiras rapidamente.
Para diminuir o prejuízo, as grandes lojas começaram a aumentar a variedade de marcas e a compra de produtos. Eles estão lançando variedades e quantidades limitadas de cada mercadoria na tentativa de evitar o acúmulo e aumentar seus suprimentos entre as entregas.
Além disso, grande parte das regiões Centro-Oeste e Nordeste tem enfrentado recentemente condições climáticas severas e condições de deslocamento perigosas.
As mudanças climáticas são uma ameaça séria e de longo prazo para o fornecimento de alimentos.