Noruega e Finlândia tentam conter rápida disseminação de gripe aviária
Países vivem recorde de casos da doença, que já matou milhares de gaivotas e outras aves
Em meio a recorde de casos de gripe aviária na Noruega e na Finlândia, que só neste ano já matou milhares de gaivotas e outras aves, a Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar impôs uma proibição de viagens que abrange três reservas naturais na quinta-feira, 27. A Influenza aviária (H5N1) circulou por toda a Europa nos últimos anos, resultando no abate de milhões de aves em fazendas francesas em maio e junho. A contaminação afetou drasticamente o fornecimento de carne e ovos de aves.
Segundo funcionários da cidade ártica de Vadso, uma parte do condado norueguês de Finnmark, mais de 10 mil aves mortas foram coletadas em toda a região. “Os surtos que estamos vendo em vários lugares em Finnmark neste ano são muito maiores do que vimos no passado na Noruega”, afirmou o diretor veterinário da NSFA, Ole-Herman Tronerud, à agência de notícias Reuters.
Durante anos, a cepa do vírus H5N1 se espalhou entre aves domésticas e selvagens com alguns surtos esporádicos relatados em mamíferos como gatos, visons e lontras. De acordo com o governo finlandês, as aves selvagens foram fortemente afetadas e a cepa do H5N1 foi encontrada em pelo menos 20 fazendas, sendo 12 relatadas no início da semana.
“O patógeno foi confirmado como uma variante circulando especialmente entre as gaivotas”, comunicou o Ministério de Assuntos Sociais e Saúde da Finlândia na quarta-feira, 26.
No início de julho, três agências da ONU alertaram que os surtos globais levantam preocupações de que o vírus possa se adaptar para infectar humanos com mais facilidade, instando os países a fortalecer a vigilância de doenças e melhorar a higiene em granjas avícolas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, apesar de o risco de infecção de H5N1 em humanos ainda ser relativamente baixo, os relatos de contaminação em mamíferos precisam ser monitorados de perto.