Noruega e Finlândia tentam conter rápida disseminação de gripe aviária
Países vivem recorde de casos da doença, que já matou milhares de gaivotas e outras aves
![DISS, UNITED KINGDOM - NOVEMBER 13: DEFRA (Department for Environment, Food and Rural Affairs) workers clear up dead turkey carcasses at Redgrave Park Farm where around 2,600 birds, including ducks and geese, are being slaughtered following the confirmed outbreak of the H5 strain of bird flu, on November 13, 2007 in Redgrave, Suffolk, near Diss, Norfolk, England. A 3km protection zone and a 10km surveillance zone has been established around the infected premises. Following further tests, DEFRA has announced at a press conference that this particular virus does contain the highly infectious H5N1 substrain of Aviation Influenza (the fourth outbreak H5N1 in the UK this year), which in rare cases can spread to other species, including humans. (Photo by Jamie McDonald/Getty Images)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/07/GettyImages-77880872.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Em meio a recorde de casos de gripe aviária na Noruega e na Finlândia, que só neste ano já matou milhares de gaivotas e outras aves, a Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar impôs uma proibição de viagens que abrange três reservas naturais na quinta-feira, 27. A Influenza aviária (H5N1) circulou por toda a Europa nos últimos anos, resultando no abate de milhões de aves em fazendas francesas em maio e junho. A contaminação afetou drasticamente o fornecimento de carne e ovos de aves.
Segundo funcionários da cidade ártica de Vadso, uma parte do condado norueguês de Finnmark, mais de 10 mil aves mortas foram coletadas em toda a região. “Os surtos que estamos vendo em vários lugares em Finnmark neste ano são muito maiores do que vimos no passado na Noruega”, afirmou o diretor veterinário da NSFA, Ole-Herman Tronerud, à agência de notícias Reuters.
Durante anos, a cepa do vírus H5N1 se espalhou entre aves domésticas e selvagens com alguns surtos esporádicos relatados em mamíferos como gatos, visons e lontras. De acordo com o governo finlandês, as aves selvagens foram fortemente afetadas e a cepa do H5N1 foi encontrada em pelo menos 20 fazendas, sendo 12 relatadas no início da semana.
“O patógeno foi confirmado como uma variante circulando especialmente entre as gaivotas”, comunicou o Ministério de Assuntos Sociais e Saúde da Finlândia na quarta-feira, 26.
No início de julho, três agências da ONU alertaram que os surtos globais levantam preocupações de que o vírus possa se adaptar para infectar humanos com mais facilidade, instando os países a fortalecer a vigilância de doenças e melhorar a higiene em granjas avícolas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que, apesar de o risco de infecção de H5N1 em humanos ainda ser relativamente baixo, os relatos de contaminação em mamíferos precisam ser monitorados de perto.