No G20, Erdogan critica falta de ação do Conselho de Segurança contra ‘opressão de Israel’
Presidente turco afirmou que "história não perdoará aqueles que permanecem em silêncio diante desta crueldade e brutalidade crescente"
Em entrevista à imprensa após encerramento dos trabalhos da cúpula dos líderes do G20, nesta terça-feira, 19, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, fez duras críticas à inação internacional em relação à situação em Gaza e lamentou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tenha se transformado em “uma estrutura elitista que prioriza os interesses de seus cinco membros permanentes em detrimento dos direitos de todos os 193 Estados-membros”.
“Após 13 meses de guerra, o mundo ainda não tomou a posição que esperávamos contra a opressão de Israel, mas como Turquia, continuamos esta luta, de mãos dadas com os nossos amigos. Mesmo se ficarmos sozinhos, nós continuaremos a defender os oprimidos”, disse.
“A História não perdoará aqueles que permanecem em silêncio diante desta crueldade e brutalidade crescente”, afirmou, destacando a importância de mais países reconhecerem o Estado palestino, que disse ser “especialmente vital neste momento”.
O líder turco expressou ainda esperança de que, assim que empossado, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tome “passos mais ousados, mais prudentes e mais solidários em direção à paz”.