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Netanyahu elogia Trump e Biden em discurso no Capitólio e ataca protestos

Em um discurso ao Congresso americano, premiê afirmou que os manifestantes escolheram "ficar do lado do mal"

Por Mafê Firpo Atualizado em 24 jul 2024, 19h02 - Publicado em 24 jul 2024, 18h01

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez elogios ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao ex-presidente Donald Trump em discurso em sessão conjunta das duas Casas do Congresso nesta quarta-feira, 24, em Washington.

Diante dos parlamentares, Netanyahu classificou os manifestantes contrários à guerra contra o Hamas na Faixa ed Gaza de “idiotas úteis do Irã”.

Segundo o premiê, aqueles que estão presentes nas manifestações escolheram “ficar do lado do mal” e são a favor de “estupradores e assassinos”.

Do lado de fora do Congresso, atos pela paz na Palestina reuniram milhares de pessoas.

“Tenho uma mensagem para esses manifestantes. Quando os tiranos de Teerã, que enforcam gays em guindastes e assassinam mulheres por não cobrirem os cabelos, estão elogiando e financiando vocês, isso quer dizer que vocês se tornaram oficialmente os idiotas úteis do Irã”, disse.

A declaração do primeiro-ministro ocorre em meio a uma encruzilhada na guerra, que se arrasta desde 7 de outubro de 2023, data em que terroristas do Hamas invadiram o território israelense e mataram mais de 1.500 pessoas.

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Uma dezena de membros do Congresso, em sua maioria os democratas, não compareceram ao discurso do premiê.

Em determinado momento, a deputada democrata Rashida Tlaib, única congressista descendente de palestinos, se levantou com uma placa escrita: “criminoso de guerra” e “culpado de genocídio”.

Alerta contra o antissemitismo

Durante sua fala, Netanyahu também fez um alerta sobre a ameaça do antissemitismo, acrescentando que o ódio contra judeus é o “mais antigo do mundo”.

“Assim como mentiras maliciosas foram niveladas por séculos ao povo judeu, mentiras maliciosas agora estão sendo niveladas ao estado judeu. As calúnias ultrajantes que pintam Israel como racista e genocida têm como objetivo deslegitimar Israel, demonizar o estado judeu”, afirmou.

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“Sempre e onde quer que vejamos o flagelo do antissemitismo, devemos condená-lo inequivocamente e combatê-lo resolutamente, sem exceção”, prosseguiu.

Em seu discurso, o israelense também fez referência à declaração recente da Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, sobre o Irã estar tentando incitar estes protestos no território americano.

O premiê aproveitou para agradecer o presidente americano, Joe Biden, por seu apoio, mesmo que o relacionamento entre os dois tenha esfriado à medida que Tel Aviv não apresenta planos concretos de encerrar sua ação em Gaza. Até aqui, o conflito vitimou 30.000 pessoas.

“Agradeço ao presidente Biden por seu sincero apoio a Israel após o ataque selvagem de 7 de outubro”, disse.

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“Biden e eu nos conhecemos há mais de 40 anos. Quero agradecer a ele por meio século de amizade com Israel”, acrescentou.

Netanyahu também enfatizou a importância de manter os laços entre as duas nações. Segundo ele, para que as “forças da civilização triunfem”, os EUA e Israel devem permanecer unidos.

“Quando nos unimos, algo muito simples acontece: nós ganhamos, eles perdem”, afirmou.

Em suas declarações, o líder democrata afirmou que Israel já tinha atingido sua meta, declarando seu desejo de que o conflito acabe.

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O israelense também marcou reuniões com líderes americanos, incluindo o próprio Biden, nesta quinta-feira, 25, data em que também será recebido por Kamala Harris.

Ele também vai se encontrar com o ex-presidente Donald Trump na mansão de Mar-a-Lago, na Flórida.

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