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Netanyahu é recebido nos EUA com protestos contra a guerra em Gaza

Ativistas pró-Palestina prometeram manifestações em massa na capital, Washington, enquanto o líder israelense discursa no Congresso

Por Da Redação
Atualizado em 24 jul 2024, 08h45 - Publicado em 24 jul 2024, 08h40

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chega aos Estados Unidos nesta quarta-feira, 24, para realizar um discurso no Congresso americano (pela quarta vez, quebrando o recorde de Winston Churchill) e se reunir com senadores e deputados. Ele será recebido, porém, por uma série de protestos pró-Palestina e contra a guerra em Gaza que pululam pela capital, Washington, D.C.

Espera-se que o discurso de Netanyahu se concentre na coordenação da resposta de Israel e dos Estados Unidos à situação volátil no Oriente Médio, onde existe um perigo crescente de a guerra de Gaza se transformar num conflito regional mais amplo. Ele deve apelar por uma ação mais forte contra o Irã, que apoia o grupo terrorista palestino Hamas e a facção libanesa Hezbollah, que pode criar uma nova frente de batalha na fronteira norte israelense.

Embora a visita de Netanyahu tenha sido orquestrada pelo Partido Republicano, é provável que haja menos conflito do que em 2015, quando os republicanos contornaram o então presidente Barack Obama e o convidaram ao Congresso para criticar a política dos democratas em relação ao Irã.

Desta vez, o líder israelense parece tentar reforçar tanto as ligações tradicionais com os republicanos – o que inclui na agenda um possível encontro com o ex-presidente Donald Trump, na Flórida –, mas também aliviar as tensões com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem deve se reunir no final de semana. Ele também deve entrar em contato com a vice-presidente Kamala Harris, uma voz ainda mais crítica a Israel pelas pesadas baixas civis em Gaza.

Enquanto isso, ativistas prometeram protestos em massa. O edifício do Capitólio, sede do Congresso, foi cercado por cercas altas e policiais adicionais. Dezenas de ruas de Washington também foram fechadas nesta quarta-feira.

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Tensões internas

O discurso de Netanyahu ocorre num momento em que Washington está bastante preocupado com as consequências da desistência de Biden da corrida pela Casa Branca, e seu apoio a Harris para substituí-lo como candidato do Partido Democrata.

Dezenas de democratas planejam faltar ao discurso do líder israelense, muitos expressando consternação com a guerra em Gaza e dizendo que não querem ajudá-lo a recuperar a popularidade. O número de mortos palestinos na ofensiva ultrapassou 39 mil, segundo autoridades de saúde do enclave. “Não quero fazer parte de um apoio político neste ato de engano”, declarou o senador Chris Van Hollen a jornalistas, que será acompanhado pelos senadores Dick Durbin, Tim Kaine, Jeff Merkley e Brian Schatz, todos membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado, bem como Patty Murray, que preside as Dotações do Senado.

Na Câmara, entre os que ficaram de fora estão progressistas como as deputadas Rashida Tlaib e Alexandra Ocasio-Cortez (conhecida como AOC), bem como Ami Bera, membro sênior da Comissão das Relações Exteriores, e Adam Smith, o principal democrata nas Forças Armadas. Smith disse que nunca participa de reuniões conjuntas, mas também se descreveu na terça-feira como “muito, muito contrário ao que o primeiro-ministro Netanyahu está fazendo em Israel”.

A vice-presidente Harris, por sua vez, não está em Washington, e se encontrará com Netanyahu separadamente.

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