Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Netanyahu diz que Israel vai ‘tomar controle’ de Gaza e ataques deixam mais de 100 mortos

Nenhuma ajuda havia entrado na Faixa de Gaza até a manhã desta segunda, segundo agências de notícias

Por Redação
Atualizado em 19 Maio 2025, 09h45 - Publicado em 19 Maio 2025, 09h44

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira, 19, que Israel irá “tomar controle” de toda a Faixa de Gaza, na esteira do anúncio da retomada de operações terrestres no final de semana e de extensos ataques aéreos que deixaram mais de 100 mortos e destruíram instalações médicas no norte do enclave no domingo.

“Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da Faixa de Gaza”, disse o premiê em vídeo publicado nas redes sociais. “Não vamos ceder. Mas para ter sucesso, temos que agir de forma que não nos detenham”.

+ O duro alerta de Médicos Sem Fronteiras sobre ‘catástrofe humanitária’ em Gaza

Em seguida, Netanyahu afirmou que “não devemos deixar que a população caia na fome, nem por razões práticas, nem por razões diplomáticas”. A mensagem foi vista como uma explicação à decisão de anunciar, no domingo, a entrada limitada de ajuda humanitária à região, visto que ele explicou também que “os amigos” de Israel disseram que não tolerariam “imagens de fome em massa”. 7

Continua após a publicidade

A entrega de ajuda humanitária se dá em meio à crescente pressão da comunidade internacional em relação. No sábado, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, fez um apelo para “redobrar nossa pressão sobre Israel para interromper o massacre em Gaza”, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que era preciso “dizer ‘basta’ ao governo israelense”.

Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total a Gaza, impedindo a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos ao território onde vivem mais de 2 milhões de palestinos. Diversas agências de ajuda humanitária alertaram que o bloqueio está levando o devastado sistema de saúde de Gaza a um colapso.

A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, segundo relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

Continua após a publicidade

O documento indicou que a trégua, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”.

A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território. No momento, meio milhão de palestinos, um em cada cinco, estão famintos em Gaza.

Continua após a publicidade

Nenhuma ajuda havia entrado na Faixa de Gaza até a manhã desta segunda, segundo agências de notícias. Há a expectativa de que 50 caminhões com farinha, óleo de cozinha e leguminosas sejam autorizadas a entrar, segundo a mídia palestina, enquanto jornais israelenses informaram que cerca de dez caminhões com alimentos para bebês deveriam entrar nas próximas horas.

Ataques aéreos israelenses na noite de sábado e manhã de domingo resultaram na morte de pelo menos 103 palestinos, incluindo muitas mulheres e crianças, segundo médicos e hospitais. Relatos indicam que mais de 48 pessoas morreram em Khan Younis, e no norte de Gaza, ataques mataram 19 pessoas, incluindo crianças e mulheres.

O principal hospital do norte de Gaza, o Hospital Indonésio, foi forçado a fechar após relatar ataques diretos. Era a única instalação médica significativa em funcionamento na área.

Continua após a publicidade

As negociações para um cessar-fogo continuam, com Israel buscando uma trégua temporária para a libertação de reféns, enquanto o Hamas exige a retirada completa das forças israelenses e o fim da guerra como parte de qualquer acordo. O Ministério da Saúde de Gaza estima que mais de 53.000 palestinos foram mortos desde o início do conflito em outubro de 2023.

A frustração em Israel tem aumentado. Um número pequeno, mas crescente, de israelenses se recusa a comparecer ao serviço militar, correndo até mesmo o risco de prisão. Outros israelenses têm exibido fotos de crianças mortas em Gaza durante manifestações semanais exigindo um acordo para libertar todos os reféns e pôr fim à guerra.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.