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Netanyahu diz que acordo para libertar reféns em Gaza pode estar próximo

Durante viagem a Washington, nos EUA, o primeiro-ministro israelense afirmou que o acordo acontecerá 'em etapas'

Por Da Redação
23 jul 2024, 10h11

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira, 23, que um acordo para a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas e mantidos em Gaza pode estar próximo, informou seu gabinete.

Falando de Washington, onde deve se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no fim de semana, Netanyahu afirmou na segunda-feira que “as condições (para um acordo) estão, sem dúvida, amadurecendo. Este é um bom sinal.”

“Infelizmente, isso não vai acontecer de uma vez; haverá etapas. No entanto, acredito que podemos avançar o acordo e nos deixar em posição para trazer a libertação dos outros (reféns não libertados na primeira etapa)”, acrescentou o primeiro-ministro israelense. 

Acordo de cessar-fogo

No início do mês, os esforços por um cessar-fogo em Gaza ganharam força depois que o Hamas fez uma proposta revisada sobre os termos de um possível acordo e Israel disse que as negociações continuariam na semana seguinte. No entanto, a última rodada das negociações foi interrompida uma semana depois após três dias de conversas intensas sem chegar a um consenso, afirmaram fontes de segurança egípcias à agência de notícias Reuters.

Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas, disse à Reuters que a posição de Netanyahu sobre um acordo de cessar-fogo não havia mudado.“Netanyahu ainda está enrolando e enviando delegações apenas para acalmar a raiva das famílias dos prisioneiros israelenses”, disse ele.

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Uma equipe de negociação israelense, por sua vez, afirmou que as negociações devem ser retomadas nesta quinta-feira, 24, incluindo um acordo de libertação de reféns em troca de palestinos mantidos em prisões israelenses.

Bombardeios em Gaza

A viagem de Netanyahu à capital dos Estados Unidos acontece enquanto o exército israelense lança ataques aéreos contra a cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, após ordenarem que os civis palestinos deixem alguns bairros locais, incluindo as zonas designadas de segurança humanitária.

Pelo menos 70 palestinos foram mortos após a ordem de retirada, disse Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A defesa civil no território estimou que 400 mil palestinos que estão abrigados na cidade foram afetados pela ofensiva e centenas de famílias já começaram a deixar a área, segundo autoridades das Nações Unidas.

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“Milhares de pessoas em movimento novamente, fugindo de greves e operações militares. A situação é impossível. O ciclo de medo e deslocamento já dura há muito tempo. Todos estão exaustos”, disse a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em comunicado.

Os militares israelenses alegam que a operação tem como alvo militantes do Hamas em Khan Younis e em parte da cidade de Al Mawasi, que supostamente usaram as áreas para lançar foguetes contra Israel.

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